MAIOR VENDEDOR DO MUNDO



O PULO DO GATO PELOS TELHADOS  DA VIDA


O presente livro, em forma gostosa de ser lido, está diagramado em formato de respostas em bate-pronto de  Magno Alves, um dos mais badalados cabeleireiros do país. Fica evidenciado, pelo histórico de vida do entrevistado, que ele  não entende apenas de cabelos, mas tanto quanto, ou talvez mais, é um doutor em cabeças. Para Magno Alves, mesmo tendo na mais alta conta o seu ofício de mestre em cabelos, criativo em cortes os mais diversos, com livros escritos sobre administração de salão, colorimetria etc,  nesta oportunidade ele  enfatiza que o mais importante é aquilo que a pessoa traz sob o couro cabeludo.

         Assim,  entende a cabeça  como centro de comando da pessoa em seus passos físicos, sociais e mentais  pela vida à fora.  A rigor, até hoje não se sabe – cientificamente – se como defendia o filósofo René Descartes, seja mesmo o o cérebro a sede da alma. Por seu turno, o  entendimento oriental considerava o plexo solar, região à altura do estômago, como sendo essa sede e elo de ligação com o espiritual.  De qualquer modo, o senso comum houve por bem estabelecer que o destino de cada pessoa depende da cabeça, seja para o sucesso seja  para o fracasso. 

         Mas não falemos de fracasso perto de Magno Alves, pois o conceito que ele mantém dessa palavra é absolutamente diferente do sentido que lhe emprestam os dicionários. Ao ler este livro, o qual reúne os depoimentos de alguém que vivenciou nos mais diferentes patamares da vida, desde a infância até a idade adulta, o leitor verá muitas de suas perguntas respondidas.  

Com toda certeza encontrará novos rumos a partir desta conversa de pé de ouvido com o entrevistado. Pois Magno Alves militou no campo, na cidade, conviveu   com pessoas simples da roça e,  ao mesmo tempo, com altas personalidades, do Brasil e do mundo. Tanto com as pessoas simples, quanto com aquelas que se situam no pináculo da fama e da riqueza, 

Magno Alves tirou  lições proveitosas para colocar em prática  em sua  própria vida. A partir de agora, todo este cabedal de experiências e noções preciosas, não será mais segredo para aqueles que se ocuparem desta leitura. Fizemos questão de tornar o conteúdo agradável e divertida, conquanto embasada na verdade de quem aprendeu com tantos e ora divide com você tudo quanto possa lhe fazer mais feliz, na conquista do merecido sucesso. 

A verdadeira mestra do nosso entrevistado foi a vida. Leu centenas e centenas de livros sobre auto-ajuda, dos mais diferentes autores de Psicologia do Êxito. Desse acervo de leituras, certamente útil em muitos pontos, grande parte  do que testou  se fez aplicável,  e aqui figurarão com o devido crédito a tais autores. Porém, grande parte do que se escreveu e se escreve  sobre o sucesso e a felicidade,  até mesmo por alguns ditos best-seller, bem que cairia como uma luva a irônica afirmação de que o papel aceita tudo. Você descortinará diante das páginas deste livro, em seqüência de câmara lenta, o verdadeiro “pulo do gato”, que pode ser o seu pulo para uma vida de sucesso em todos os sentidos: pessoal, familiar, social e profissional, numa mesma ordem de importância.

COMO CONHECI MAGNO ALVES


Magno, agora semeando por todo o Brasil, fertilizante natural (a aloe vera) Babosa, ressuscitanto lavouras.

         Já ouvira falar muito sobre esse personagem em diferentes rodas sociais.  Minha esposa, que provém da mesma cidade onde ele viveu e vive, sempre o mencionava pelo nome de batismo. Ante alguma situação difícil de nossa vida , que normalmente acontece em todos os lares,  lembro-me que era comum ela observar: “é como diz o Magno,  na vida, só pensamento positivo não resolve, mas sem persistir em pensar positivamente, nenhum desafio pode ser vencido”. Assim se sucederam várias vezes, com os conselhos de Magno Alves perpetuados em nosso dia a dia. Magno Alves assumiu para mim, ao longo destes anos, uma conotação especial de muita sabedoria e traquejo no lidar com a vida.
        
         Numa outra oportunidade, meu sócio, Vitório Paiva Maistro, dono do jornal Cometa – de Ipaussu  e de uma pequena produtora de documentário em vídeo, certa vez convidou-me para assistir a uma fita em  vídeo cassete que ele, como cinegrafista  havia gravado há uns quinze anos atrás. Era a cobertura de um evento sobre um saudoso carnaval, no Camping Municipal de Ipaussu. À época apareceu Magno Alves, ainda bem jovem, num discurso de agradecimento pelos que colaboraram com ele na ocasião. Mesmo com tempo chuvoso, num local de difícil acesso para aquela área, o camping municipal,  por essa época ainda rústico, sem conforto (nem sanitários havia), Magno conseguiu romper o pensamento inercial de um grande número de jovens (de todas as idades) e promoveu o seu evento com grande sucesso.

         Avaliando – quinze anos depois – a fita que produzira, Maistro comentou comigo sobre a audácia empresarial de Magno Alves em se atirar num projeto que tinha tudo para dar errado e que acabou resultando, para espanto de todos, em um sucesso  que marcou época.
         Assim, a imagem que fui tecendo de Magno Alves passou a se revestir de uma curiosidade crescente sobre o seu modo de pensar, ser e viver.

         Em outra oportunidade, soube por  outro amigo, que o mesmo estava tendo sucesso na venda de calçados, façanha que muito me surpreendia, porque  os vendedores desse ramo, à  época, reclamavam da escassez nas vendas. Muitos nem faziam para a despesas de viagem e estadia. Perguntando, pois, ao meu amigo  Glicerinho como o Magno Alves  conseguia romper aquela barreira e se mostrar tão satisfeito com as vendas que vinha fazendo, este me disse sem pestanejar: 

“eu aprendi com o maior vendedor do mundo.  Ele era tão eficiente, que um dia, aí pelos fundos do Paraná, terminadas as nossas  vendas de calçados, Magno (este é o nome dele) me convidou para ir a um sítio comprar  frango caipira. Chegamos lá numa biboca (lembro-me como se fosse hoje). Atrás da porteira estava um caboclo descalço,  de ar desconfiado, com uma antiga  espingarda a tiracolo, e com cara de poucos amigos. Nossa saída daquele lugar foi exatamente o oposto: depois de jantarmos  com o caboclo e a família deste,  Magno Alves voltou com seis frangões, limpos, para evitar problemas com a Polícia Rodoviária.  Partimos, não sem antes ouvir o insistente apelo  daquela família para que, em breve , voltássemos para uma nova visita. Por incrível que pareça, Magno fez de chinelos a viagem de regresso, pois vendera o próprio par de sapatos que calçava ao matuto que o aprovou por ser  de pelica, não machucar os pés e outras vantagens que Magno o fez ver.

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