Versão
rimada do original por
Geraldo Generoso.
1 Ó Deus Pai, por que, enfim,
nos rejeitaste ?
Por que com tuas ovelhas te
iraste,
Que, por teus pastos, a vagar
estão?
E com teu amor eterno as compraste
Desde remotas eras que se vão
E, com as mãos tuas , sempre as
amparaste?
2 Lembra-te, pois, da tua
congregação,
Remida pela tua própria mão
E com ternura ajuntaste
O teu rebanho sobre o Monte Sião.
Sobre as assolações, teus pés, levanta,
Contra o que o inimigo nos tem feito
de mal no santuário em ira tanta.
Bramam os inimigos, não há jeito,
Rugem sobre os lugares de área santa;
A impor suas marcas sem nenhum respeito.
Um homem em famoso se
faria,
Com um machado ao
abater o arvoredo.
Mas agora, na fúria,
se daria,
Com martelo e machado
e, sem medo,
Às entalhadas obras,
com ousadia,
A cinzas reduzir com
duro dedo;
Lançaram fogo no teu
santuário,
Não hesitaram na
profanação,
Derrubando,
inclementes, até ao chão,
A morada do teu nome,
a nós tão caro.
Disseram nos seus ímpios corações:
De vez os despojemos, em ações
De queima teus lugares
profanaram,
Que são tuas santas
localizações
De seus aspectos, todos, nos privaram.
Jazem perdidos os
nossos sinais,
Nenhum profeta já nós
temos mais
Nem há ninguém que a
antever nos possa
O quanto durará esta
dor nossa.
Até quando, ó Deus, o
adversário
Com suas blasfêmias
nos afrontará?
Até quando o mal será o fadário
Que diante nossos
olhos estará
E até quando ele
blasfemará?
Porque retiras
a tua mão, , tua destra?
Tira-a de dentro do teu santo seio.
Tu que é o meu Rei, só o que me resta
A operar salvação da terra em meio.
Por tua força dividiste o mar,
Quebrando a cabeça das baleias,
Ao leviatã fizeste espedaçar
E aos habitantes do deserto a mancheia
O deste em mantimento a esse lugar.
Fendeste o ribeiro em água cheia;
Secar fizeste os rios impetuosos.
Teu é o dia e a noite que o permeia,
Preparaste o sol que o dia clareia
Fixaste os limites espaçosos;
Inverno e verão tua mão semeia.
Da afronta lembra-te, um povo louco
Contra o teu nome pôs-se em blasfêmia;
Que as feras não devorem os teus
não poucos
Aflitos, a gemer em dor suprema.
Faça-te lembrado de tua aliança;
Terrível está a Terra em seus lugares,
Crueldade a abater-se por seus lares,
Leva-lhes a perder até a esperança.
Não se faça em vergonha o oprimido;
Louve-te em sua oração e em seu gemido
O aflito que em tua busca ora se lança
Que dores tantas tem então
sofrido.
Erga-se a Mão, que tua causa
pleiteia
Ante o afronto do louco,
repetido,
Não saiam, pois, jamais de teu ouvido
A voz dos inimigos que está cheia
E os que contra ti muito há crescido
No tumulto dessa turba que te odeia.
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