*Geraldo Generoso
A maioria das pessoas, quando se propõe a elevar-se a melhores condições de vida, supõe carecer de muitas informações sobre os passos a empreender rumo ao sucesso. A rigor, a trajetória para o êxito nada apresenta de esotérica, misteriosa ou extraordinária.
Assim, contam-se aos milhões os leitores (e leitoras) de livros sobre auto-ajuda, como se pode constatar no placar das obras mais vendidas em todos os países.
Nenhuma objeção se justifica à preferência por esses temas. Até porque, se há tantas pessoas lendo sobre como melhorar a própria sorte, fica evidente o indício de suas boas intenções e propósitos.
Se maior número de pessoas está sendo levado à leituras sobre otimismo, motivação e auto-estima, daí se deduz que há indivíduos preocupados com uma sociedade melhor, a partir de si mesmos.
Cumpre considerar, todavia, que os conteúdos de tais publicações só se efetivam, em grau maior ou menor ou nulo, na proporção em que o estudante efetivamente pratique as lições recebidas.
O mais sábio livro de auto-ajuda já escrito, desde que o mundo é mundo, com certeza deve ser a Bíblia Sagrada. Entre tantas exortações dignas de nota e observância, na Epístola de Tiago, 2: 17, encontramos esta frase lapidar: “a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”.
O termo indivíduo define a condição de algo único, indivisível. Embora no universo Tudo seja Uno, em última instância, numa cadeia infinita, do átomo às galáxias, enquanto nosso eu se demora na condição individual, não há como negar que ele seja único, com peculiaridades, distinções e características que são especificamente suas.
Nunca se lamentará pela realidade que poderia ter sido, aquele que se ocupa concretamente num objetivo. Não importa a dimensão desse escopo e, o não tê-lo alcançado nunca há de frustrar a quem lutou por seu próprio sonho.
O mais importante na tarefa da construção ou reconstrução do próprio destino só pode estar naquilo que efetivamente se realiza.
O surrado brocardo de que o inferno está cheio de boas intenções, se resume numa verdade incontestável. É mais fácil se organizar a partir do que se está fazendo do que planejar demais antes de agir.
Esta posição pode até soar como estímulo à imprevidência, mas a alma humana é bem mais complexa do que teoricamente se avalia. Para estabelecermos uma disciplina de ação em nossa vida é imprescindível a constância em determinada atividade.
Estudar algum livro de auto-ajuda, quando eles aprimoram de forma adequada as condições de cada um, a partir do que está se fazendo, redundará em inúmeros benefícios.
O que não se deve admitir, em hipótese alguma, é fazer do prazer de ler um diletantismo alienante, no simples gosto de imaginar uma realidade possível, mas que fica sempre para ser iniciada no dia seguinte.
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