CRISES E DROGAS


O assunto consumo de drogas (ou melhor, a dependência delas por parte de alguns jovens), inevitavelmente aqui  se fará em um termo recorrente. Estudiosos de alto quilate, cientistas dos mais merecidamente famosos, têm-se ocupado em sugerir medidas que, ainda que longe de resolver essa questão, pelo menos minimizem os seus efeitos devastadores na sociedade.

         São mais do que conhecidos os seus nefastos efeitos, de natureza física e psicológica ao indivíduo que, como extensão inevitável de uma sociedade onde  vive e se move, acarreta grandes males de natureza até mesmo coletiva. O problema do dependente – sem emissão de qualquer juízo de valor de nossa parte – na verdade não é só um problema pessoal dele.

        Felizmente, vivemos tempos de distensão na forma de raciocinar, o que nos faz capazes de uma análise mais prática e objetiva sobre o que vai por este mundo, a nos apresentar tantos desafios, a ponto de os debitarmos a uma impossibilidade de solução  momentânea.

         Em todas as épocas a humanidade sempre se confrontou com ameaças e problemas que assim se afiguravam: insolúveis. Como ensinou Fernando Mendes, em conferência recente, o componente econômico sempre foi fatal na determinação dos rumos da humanidade. Embora seja essa uma postura do materialismo dialético de Karl Marx, as evidências são notórias. Se a economia é onipotente, aí podemos descontar certo exagero, mas a História demonstra que, de uma forma ou de outra, sempre influenciou muito as sociedades a partir dos primeiros rudimentos da civilização.

       Mendes afirma, de seus estudos – próprios e hauridos em grandes autores – que no auge da lepra, os doentes (incapacitados para o trabalho) eram segregados em leprosários, com o fito de ficarem isolados do sistema de produção. Porque eles próprios, forçosamente, não podiam participar desse jogo exercido pela quase totalidade do grupo social.

    Mais adiante, na Idade Média, foi o caso de segregarem os loucos, igualmente pelo mesmo motivo: não produziam. Ainda que o sistema não fosse, a essa altura da história (época medieval) tão complexo como hoje.

      Podemos dar como bem vindas essas proposituras, ainda que não esgotem em si a problemática atual, com a qual hoje nos defrontamos. No artigo anterior, pautado neste mesmo tema, não cheguei a esboçar a tese então pretendida. Espero fazê-lo agora, com pena de esticar um tanto este texto, de antemão escusando-me do prejuízo ao precioso tento dos gentis internautas que me leem, o que me é motivo de muita honra e, ao mesmo tempo, me adverte sobre a grande responsabilidade, a acrescer cada dia mais.

   Para melhor ilustrar, em benefício de uma pretensa brevidade nesta exposição, gostaria de focar a questão do primeiro passo  para o vício, de um jovem destino à droga.

      Na verdade, isso tem um momento de eclosão. Logicamente ele resulta de uma crise. Apesar de comum a cada jovem (e até nós as tivemos)  debater-se com a crise da “desconstrução da personalidade” como ensinou o  pedagogo Fernando Mendes, não se apresenta de um jeito único, porque nós, seres humanos, verbalizamos a vida a tal ponto que desprezamos formas de expressão que são inauditas.

      Essa revolução que ataca o jovem, que podemos chamar existencial, e que a alguns leva à busca de uma saída pela porta falsa da droga, nem sempre contém uma explicação meramente sobre fatos da vida desse ser humano, ainda em seus primeiros passos pela vivência no mundo, onde ele passará a ser outro. Não mais aquele menino – que ele sente não ser mais; nem aquele homem, que ele sente ainda não ser.

      Tudo isto ainda é apenas a ponta do iceberg. Em pais mais zelosos, talvez que disponham de mais tempo para observar o comportamento do filho. Ou que entenda até compensar apostar menos no lucro do trabalho ou do  negócio em favor do cuidado a quem gerou e criou, tem-se verificado um fato curioso.
    
      A criança ou o jovem vai para o psicólogo. Passo seguinte, com pressa de resultado – e isto é justificável – vai ao psiquiatra. E a solução encontrada, ainda que de forma light e convencional, é o de administrar medicamentos - cujo sinônimo é droga, pois hoje não se fala mais farmácia, mas drogaria.

     O estudo da mente ainda está embrionário, como podemos constatar. A rigor, o corpo, em si mesmo, é incapaz de qualquer gozo, como é incapaz de qualquer dor. Se você duvida disto, suplicie uma pessoa morta e verá que ela não dará um pio e não dará sinal nenhum de que isto lhe cause qualquer sintoma real.

      Obviamente, ninguém em sã consciência pode denunciar essa usança de fármacos, consumidos sob receita de profissional competente. Mas que é um recurso precário, isto ninguém pode negar. Nem os próprios médicos das mais diversas especialidades, em especial os especialistas em psiquiatria.

       Partindo dessa vertente, de que a matéria não está com essa bola toda, é preciso que mais nos ocupemos do estudo do espírito e das práticas espirituais, a exemplo das antigas civilizações, como o Egito, em seu apogeu, onde havia lugar para se dispensar a alma os cuidados que ela requer, talvez em maior dose, do que essa postura onde tudo o que é espiritual é acolhido com muita reserva. Onde as pessoas tem medo de serem eternas e se prendem ao transitório da vida terrena.

    Atentem bem para o fato de que não quero fazer significar, especificamente, a importância de qualquer religião. Ainda que, a bem da verdade, qualquer religião é melhor do que qualquer postura exclusivamente materialista.

     Refiro-me ao cultivo da espiritualidade sadia, onde as pessoas possam visitar a si mesmas no mais íntimo de seu ser. Preferentemente, tanto quanto possível, em sintonia com a Mãe Natureza, onde Deus salta do invisível para todos os olhos ao raiar de cada manhã, num sorriso de sol ou numa lágrima de chuva. Ou a quem tiver olhos para ver, que contemple por um só instante as estrelas que ele atira de Sua mão infinita, sem fazer  acepção  entre pessoas e povos.

     Neste blog você encontra, no painel direito,  a opção de contatar uma pessoa que, felizmente entre muitas outras, pode abrir caminhos para muitas pessoas, perdidas nas trevas da angústia e dos pesares, de que, infelizmente, este mundo é farto.

      Refiro-me a Vicente Campos,(VC Terapias Alternativas)  terapeuta holístico devidamente credenciado, cujo trabalho tenho acompanhado e, pelos resultados alcançados por grande número de pessoas, só me resta bendizê-lo e aplaudi-lo.    


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