JOÃO PAULO II

A  ASCENSÃO DO PEREGRINO

João Paulo II,  liderou   um rebanho de 1 bilhão e cem milhões de almas, revelou-se um santo, um herói e um  poetaEm 26 anos como ocupante do trono de São Pedro, realizou 104 viagens pelo mundo e mais 146 no interior da Itália, daí a razão de ser cognominado o Papa Peregrino.  Ele foi considerado o maior líder do final do século XX.

 Em suas viagens ao Brasil, foram três, numa dessas declarou : “Eu desejava, por diferentes motivos, conhecer esta terra”.  É do papa João Paulo uma frase radical, taxativa e sem réplica, a qualquer cristão: “Escancarem as portas para Cristo. Não tenham medo dEle.”

Sempre amável, ele tinha algo diferente do comum dos homens. Fosse pelo seu magnetismo pessoal, pela sua fortaleza interior que faceou com terríveis desafios ante a própria morte, o seu carisma acentuado fez com que Fidel Castro, ao ser por ele recebido, chorasse de emoção. Os comunistas russos cantaram o  hino religiosoAleluia”   em sua homenagem, e Bush – então  presidente da maior potência mundial, juntamente com todos os estadistas do globo compareceram para despedir-se do líder maior deste tempo, em sua transmigração para o Reino dos Céus.

 O que é mais curioso na análise da vida do papa João Paulo II, entre outros itens, foi a sua dimensão humana. Simples, franco, aberto, transparente e,  ao mesmo tempo tão transcendente, tão além das coisas mundanas, tão longe do dia a dia e do terra a terra. Ainda assim, ao  mesmo tempo, tão presente nas nossas dores, grandes e pequenas.

  Estabeleceu pontes onde antes haviam abismos entre cristãos e outras crenças. Assim foi, a partir de 1986 dialogando com os judeus e na tentativa de reunificar a Igreja de Cristo. É da autoria do papa um livro excelente, “Memória e Identidade”, revelando seu profundo conhecimento e habilidade de expressão.

 No campo político ele foi, nas palavras do próprio líder russo, Mikhail Gorbachev, o homem que desmontou o comunismo no leste europeu: “sem este Papa não se consegue entender o que aconteceu na Europa”. Quanto ao Brasil, em encontro com o presidente Sarney, afirmou Karol Wojtyla com todas as letras: “a reforma agrária precisa ser feita”.

João Paulo II foi santo na mais feliz  acepção do termo,  pois era um ente  separado, escolhido por seus dotes, sem tergiversar nos seus princípios. Não relutou em condenar a invasão ao Iraque, mostrando sua absoluta imparcialidade.

 Herói na Segunda Guerra, em sua amada Polônia,  lá  forjou a têmpera de aço do seu caráter. Poeta pela sua comunicação solta, livre, descontraída e ao mesmo tempo responsável e comprometida com os verdadeiros valores da vida.

 Ele deixa um vazio dificílimo  de ser preenchido. Seu apostolado perdurará por longo tempo. Seu  exemplo é digno de ser cultuado e imitado. Não só pelos religiosos, mas por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, mantêm o coração voltado para Deus e  para o próximo ao mesmo tempo, sem limites de qualquer ordem e sem preconceitos de qualquer matiz. Em boa hora foi beatificado o mundo inteiro se fez presente, ao vivo ou pelas mídias, a esse justo reconhecimento,  a uma das maiores personalidades do mundo contemporâneo.

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