pequenas preces , GRANDES MILAGRES



A moderna mídia  nos alcança em nosso dia a dia  com ingredientes  motivantes fundados em grandes tragédias e acidentes. Pelo vulto dos mesmos é que nos tornamos receptivamente passivos a contemplar: vendo e ouvindo e nos inteirando dos comentários sobre hecatombes, desinteligências, desastres, homicídios, carnificina. Numa palavra - violência. 

Há quem tenha dito que as tragédias que lemos e ouvimos assemelham-se a escorpiões expostos  em vidros ou cobras encerradas em serpentários. Assustamo-nos com gosto. Arrepiamo-nos ante aquilo que ofende mas não nos atinge, pelo menos de forma concreta.  Até nos comprazemos nessa repugnância e terror por sabê-los circunscritos a esses vetores que os limitam a alcançar-nos. Poucos se regalam com   um texto que  descreva uma tarde a se esconder sobre as folhagens de um terraço, ou sobre uma manhã que a brotar  dos olhos do sol, rútilo e fulgente,  num espocar de vida nova.  Isso a gente já viu. Essa descrição não nos é estranha. Veremos isso quando e onde quisermos.

Socorro nas Tempestades da Vida

É curioso como cada um de nós tem atravessado momentos terríveis, em uma ou outra fase da vida.  É inegável que isto ocorra e, não obstante, acabamos por fazer a travessia de forma digna e  exitosa. Vencemos enormes tormentas, superamos tantos desencontros, que até nos surpreendemos conosco mesmos pela sobrevivência a catástrofes de porte descomunal. E o que isto evidencia? A nossa fragilidade nos atira, à primeira idéia desses impasses maiores do que nós, aos braços eternos da Divina Providência.

Um Coração Agradecido

É a partir daí que, sem fazer uso de nossas minúsculas forças, valemo-nos da força infinita do Poder Espiritual  que nos alcança no silêncio de uma prece, ou no grito de uma súplica. A situação se arrefece ante a nossa disposição de acender a fé dentro de nossas almas.Daí porque mais nos devemos cuidar dos inconvenientes e aparentemente inofensivos assaltos do quotidiano, do que propriamente nos precavermos dos males maiores. Já se comparou uma robusta árvore que resistiu seguidos anos de freqüentes tempestades e vendavais, sempre de tronco ereto e ramos rijos, até que acabou por ser arriada ao solo pela ação de minúsculas mas tenazes formigas que  se agasalharam em suas raízes.Essa história pode ilustrar, pacificamente, não só a educação mental de cada pessoa, mas também adestrá-la em suas vivências espirituais.Uma boa política seria contrapor aos pequenos contratempos as pequenas graças de cada dia. Seria uma forma de alimentar o espírito para vigorosamente cultivar um coração alegre, um gênio feliz. Seja talvez por essa razão — da importância em imunizar o espírito para as pequenas questões — que Joel S. Goldsmith, o maior místico do ocidente do século passado,  sempre enfatizar em seu ministério sobre a graça de encontrar uma vaga no estacionamento ou um lugar no coletivo. Aparentemente, são pequenas graças, mas nos assoalham o espírito para nos manter em sintonia com o Poder Supremo  que em nós habita, a ser verdade as palavras do próprio Cristo.



* Geraldo Generoso


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