No mar imenso de espumas doces
Beijas o ar e à terra circundante,
O vento te carrega a mais distante
Como se aos céus um refrigério fosses.
A tua voz na imensidão reboa
E faz surgir a vida a cada passo;
Por verde, te agradece a árvore boa,
Cedendo à ave o fruto e o regaço.
Noiva do céu, em tua cor vestida,
Pelos penhascos imensos te arrojas;
Tua majestade vai sempre mantida
E às próprias nuvens fazes invejosas.
Disfarças tua força na beleza,
Camuflas teu poder em tua poesia;
Mesmo em teu espetáculo és natureza,
Ainda furiosa, és uma mãe que cria.
Dias e noites, no inverno ou estio,
Sobre três terras teu aguaceiro cai;
És filha do Iguaçu, tu és Brasil,
Num beijo à Argentina e ao Paraguai.
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