A Natureza é feita de limites. Assim também ocorre com cada ser humano. Entre as criaturas, vez ou outra, surgem avaliações precipitadas por falta de compreensão de pontos básicos que mesmo na matéria se manifestam.
Se melhor ponderássemos nossas opiniões, nos manteríamos mais econômicos nos julgamentos.Cada pessoa, mesmo as superdotadas, possuem limites. Da mesma forma acontece com os materiais – onde a ciência especializada nesse assunto – Estudo da Resistência – os seres humanos também apresentam essa mesma propriedade.
Por exemplo, o tungstênio é usado no filamento da lâmpada (hoje até antiquadas, mas válidas como exemplo) devido à sua elevada temperatura de fusão (cerca de 3410° C). Dessa forma, o filamento não se funde com a passagem da corrente elétrica. Mas nem por isso esse material poderia se considerar superior aos demais, pois essa é a sua propriedade pela sua própria constituição.
Na vida ocorre o mesmo. Somos apressados em julgar, este ou aquele companheiro de jornada, como indolente, preguiçoso, curto de inteligência ou habilidade. O mais certo seria entender que são esses os seus limites e como tal devem ser respeitados.
Uma outra questão muito comum de injustiça, às vezes mesmo partindo de médico para paciente, é julgar as enfermidades descritas por uma pessoa como sendo coisas da imaginação.
No atual estágio da ciência médica, pouca razão sobraria para se tachar alguém de hipocondríaco. Jamais um indivíduo irá reclamar de dor ou sintomas desconfortáveis se realmente estiver bem. Pessoas há que são mais duras, outras menos, mas todo este conjunto forma a misteriosa tessitura da humanidade.
Do ponto de vista tecnológico, a dureza e a densidade dos materiais também são propriedades importantes. O ferro e o alumínio são classificados como metais duros. O magnésio, o alumínio e o titânio são considerados metais pouco densos (inferior a 5 g/cm3).
O mesmo ocorre entre os corações e mentes humanas, com seus limites e potencialidades, mas, inegavelmente, cada qual com a sua serventia no seio do Universo.
Voltando à comparação, diz-se que o titânio é o metal do futuro. Na construção de aviões supersônicos, ele é o metal que oferece as maiores vantagens. Uma delas é a sua temperatura de fusão (cerca de 1670° C) que o coloca em posição favorável se comparado, por exemplo, ao alumínio, cuja temperatura de fusão (cerca de 660° C) é relativamente baixa. Se este tipo de avião fosse construído com alumínio, a possibilidade de algumas partes entrarem em fusão seria muito maior.
Apesar da nobreza do titânio, o mundo não poderia resumir-se num só elemento. Apesar da fortaleza de certas pessoas, da nobreza de outras, do magnetismo pessoal de algumas poucas, a humanidade não faria sentido e se empobreceria em sua variedade e finalidade se as coisas se reduzissem a um denominador comum otimizado ao extremo.
Bem disse o Mestre Jesus: “De maneira nenhuma julgueis o teu próximo. Cada qual tem seus limites em função da resistência que cada qual recebeu de Deus através da Natureza. O melhor do conhecimento é que ele nos dispensa da bondade para entendermos os demais, sendo mais que o bastante a compreensão dos fatos e pessoas, reduzidos de forma crua às suas reais dimensões.
· escritor e jornalista –
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