*Geraldo Generoso
No frescor dos nossos primeiros anos neste mundo, sempre nos era dito ser aquela a melhor quadra da vida.. Os mais velhos até nos propunham uma troca de seus muitos meses por nossos poucos janeiros, ainda floridos de criancice e juventude.
Mas ainda assim ansiávamos para que os anos galopassem a fim de chegarmos à idade madura. Se, por uma hipótese absurda, se nos fosse dada a oportunidade de trocar nossa condição de criança com os nossos mais velhos, por certo não hesitaríamos em fazê-lo, desde que a experiência também nos viesse na volta dessa barganha.
Descobrimos que sabedoria, só o tempo, e nada mais, pode nos assegurar um viver melhor nesta breve passagem pelo mundo.Chegados à idade adulta e à velhice – com acerto denominada “melhor idade”, descobrimos em nosso interior quantos tesouros acumulamos nas emoções vivenciadas.
Aprendemos fórmulas de acertos e erros, na interpretação sem ensaio do teatro da existência. Advém-nos então a comprovação de que a vida começa, realmente, depois dos quarenta. Até a essa idade ainda não inculcamos em nosso espírito que todos os males são passageiros, portanto não merecem ser levados em excessiva conta. Igualmente, se atravessamos momentos felizes, sabemos aproveitá-los ao máximo porque, fatalmente, eles também passarão.
*escritor (Texto do autor publicado no jornal BOM DIA de Bauru
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