ESTOU COM FOME...Graças a Deus


ESTOU COM FOME...GRAÇAS A DEUS

A Sexta-feira Santa, ou Sexta-Feira Maior (como diziam os mais antigos), escoa davagar aqui na minha paisagem, de poucos passantes. Até os pássaros estão silenciosos na tarde morna, preguiçosa e desanimada, como que vencida pela quietude imóvel deste nosso recanto.

          A esta altura do calendário, neste dia que assinala, não a covardia de um Homem frente ao mais duradouro e guerreiro de quantos Impérios já houve no mundo, mas sublima a Sua coragem quando, em gesto extremo de heroísmo, que o martírio coroou há mais de 2000 anos, preferiu fisicamente morrer e – pior que isso – ser torturado ao extremo, sem abdicar do que acreditou ser verdade.

          Não há como não rememorar essa Pessoa, inigualável mesmo perante os maiores mestres, ou que assim são titulados, ao longo da História. Todos passaram muito longe Desse que, ao feitio do verdadeiro pastor “deu a vida por Suas ovelhas”.

          Hoje vivemos tempos complexos. Fáceis sob muitos aspectos e difíceis por outros ângulos. E isto para a maioria dos 7 bilhões de habitantes de um planeta nervoso, com guerras de vários tipos em vários pontos do globo.

Guerra urbana nas capitais e grandes centros, onde se mata por coisas que nem de longe se comparam ao valor de uma vida. Filhos matam pais e vice-versa. É preciso manter muita sintonia com Deus para não se perder por completo a esperança e o ânimo por esta existência passageira.

          Aqui em meu reduto, silenciosamente contemplo o que me parece uma hipnose coletiva a que o consumismo conseguiu impor a tantas pessoas, até mesmo às nossas crianças e jovens, num mundo de excessos e de carências condutoras às mais estranhas e inéditas loucuras.

          A humanidade toda, cada um de nós, indivíduos habitantes deste mundo que continua sendo de Adão – ouvinte assíduo da serpente – sentimos uma fome que nos corrói. E a cujo apetite nunca saciamos porque o confundimos com a verdadeira fome que se aloja em nossas Almas

          Somos useiros de fazer difíceis as coisas fáceis. Aprendemos, por esnobismo, a pensar em soluções que não sejam simples, porque as tachamos de simplistas. No meu tempo havia o mundo do cinema, com suas vitrinas de ilusões deslumbrantes. Até nos trazia felicidade viver tudo aquilo que nem de longe existia na realidade.

          Hoje o cinema invadiu a nossa casa, com televisão aberta e a cabo. Internet que nos pluga com  o mundo em segundos, nem sempre para ver o que nos delicie e conforte o mais fundo da alma.

          Atrizes  maravilhosas que, no reduto mais íntimo de seus aposentos, mergulhavam na mais escura depressão. Barbitúricos era o remédio. Claro que se tratava do remédio errado, como muitas vezes, diariamente, distraidamente ingerimos à busca de preencher nosso íntimo com o que não existe, e por isso nunca nos preenchemos.

          Toda esta fome que nos devasta só pode ser saciada quando encontrarmos o verdadeiro alimento pelo qual nossa Alma anseia desde antes que Adão e Eva existissem.
          É a fome por Deus que nos assola. Ela não nos mata, porque em si mesma contém, mais do que uma esperança, uma certeza, de que esse alimento eterno um dia nos preencherá e nos moverá para a vida e a ventura verdadeiras aonde quer que estejamos.

          Por que a religião não se atém, pura e simplesmente, a preparar e treinar as pessoas para captar a essência de Deus em si mesmas? Porque por nós mesmos, todas essas palavras bonitas: amor, perdão, fé...todas elas não pertencem à nossa mera dimensão humana, se Deus não as instiliar em nosso âmago.

          Arremato com um princípio bíblico, de Corintos, 2, cap. 1, Versículo 9:
9 Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.

Nota do Editor do Blog: Estamos quase próximos de completar 300 inserções nestes Blog. Ele ficará disponível, mas passaremos para outro, o qual será de caráter mais reservado, somente aberto aos que se inscreverem com o endereço eletrônico, os quais receberão uma carta semanal. É que os assuntos são bastante polêmicos, em matéria teológica e filosófica, que preferimos adotar esse critério no blog por vir.

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