TEMPOS FELIZES DE OUTRO JEITO

G.Generoso

O HOMEM PRIMITIVO era feliz e hoje podemos avaliar como fluía a sua vida e como ele a fruía.

 Saía da caverna para olhar o firmamento coalhado de estrelas, sem perguntar aos astrônomos de que o céu era feito.


     Ainda nos primórdios, como coletor de raízes, ervas e frutas nunca teve conhecimento da opinião dos que comandam as commodities para estabelecer alta ou baixa de preços.


     Tudo nascia pelo simples nascer e mostrar-se à vida. E de vez em quando também se morria. Certamente esse cidadão sentia-se naturalmente contrafeito e indagativo, mas passava.



  
     Se a caça rareava no seu entorno, ele simplesmente caminhava até um pouco mais longe. 
    E se as intempéries atingiam-no e ao seu grupo, com raios, trovões, vendavais e aguaceiros inundantes?

  Ele simplesmente cismava que o deus, feito à sua imagem e semelhança, se zangara por algum motivo que ele e os parceiros queriam desvendar.
     


     Todavia, na ventura ou na fatalidade, sempre havia o mistério que eliminava o senso de rotina.

    Ele não sentia  o tédio. Essa pessoa, obviamente, se sentia muito pequena diante dos desafios que nem sequer podia explicar a si e aos outros.
     
     Sim, porque não havia perguntas, pelo fato de não existirem palavras para vestir qualquer explicação ou palpite. 

     Somente havia o ser a si mesmo, a dançar feliz sobre a presa abatida ou a fêmea conquistada.



     Hoje tudo se explica. E acaso se os sabedores alegarem desconhecer sobre algo, convencionamos que, cedo ou tarde algum astrônomo explicará porque o céu existe, do que ele é feito e até quem o fez.

     Sim, essas e outras indagações, íntimas e inexplicáveis, como a existência de outra vida além da terrena, por certo hão de esperar muito tempo.

    Talvez essa espera dure a eternidade -  para que todas as explicações correspondentes sejam formuladas,por quem as venha a explicar aos que se puserem de escuta, para crer ou refutar.



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