POLÍTICA, ONTEM E HOJE !
A rigor, hoje se requer que um partido seja realmente um partido (desculpe a redundância por falta de mais precisão vernacular),quando antigamente os partidos eram seguidos e exercidos apenas por fatias da classe média e alta.
O povão nem sabia, e hoje também não entende, que um partido é um norte, um sentido de viver um governo a um modo diferente, ou em muitos diverso, de outra agremiação partidária. Não sou tão velho, e hoje em dia a informação não só se tornou instantânea, como também nos permite retroceder, a um click a tempos antigos, ou nem tanto, onde contemplamos o modo de exercício do poder.
O fato é real, mas para não "fulanizar", trago o caso de 3 cidades do interior paulista, da região sudoeste. As questões, não só administrativas, mas judiciais e quejandas eram decididas pelos chamados "coronéis" (o que em muito depõe contra a patente respeitosa de oficiais realmente militares).
Na cidade havia um desses manda-chuvas, fazendeiro da era áurea do café, que durou até os anos 1950). Em havendo uma questão entre vizinhos, o "chefe" mandava um capanga (ou vários) para demarcar favoravelmente a área de seu protegido. Ma havia um senão. Até parece que a Justiça atual copiou deles essa história de instâncias, e tal se dava.
Aquele vizinho prejudicado se dirigia à cidade Y, aonde quem reinava era outro fazendeiro e comerciante também, que dava as cartas para os habitantes da cidade X e da cidade Y, sua sede. Mas a história não parava por aí.
Havia numa outra cidade um mandante maior, com patente de "general", sem farda nem exército, a quem cabia a última palavra. E aí, o que ele decidisse, o tamanho das terras de cada um seria aquele e fim de papo. Pior ainda, quando se tratava de "fazer justiça" (que ironia),em relação a desavenças, ou até agressões verbais, físicas ou até fatais entre súditos.
Esse maioral, ao ser informado sobre a questão, sem pensar muito, respondia aos seus asseclas, inauditamente, mas em sinal bem visível sua decisão: se apenas cofiasse a barba, significava dar uma piava, uma surra daquelas em quem ele julgasse que merecia "meramente" apanhar. Agora, se ele passasse o gesto do dedo indicador sobre a garganta, era simplesmente, era a ordem terminantemente clara de que o "condenado", à luz de seu juízo, simplesmente fosse morto.
Atualmente não há mais esse tipo de situação que parece tirada das histórias das Mil e uma noites. E isto veio com a Revolução de 1930, que confeiçoou o Brasil nos primeiros passos da formatação, ainda que sofrível, de um sistema de justiça menos injusto.
Acho que está na hora de fechar o meu livro. O Blog "Alfarrábios do Generoso", já falou demais. Agora, daqui por diante, talvez o melhor seja apenas o escutar. O falar é prata, o calar é ouro e o escutar é diamante.
Um grande abraço a todos. Não posso convidá-los a me seguir porque não sei a que porto estarei destinado.
Postado por
Geraldo Generoso
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