CONVERSA POLÍTICA DE
BOTECO
Dotada praticamente
de apenas uma rua (a Antônio Martins), a VILA MELJES, que o público batizou de
“Vila do Sapo”, em Ipaussu, é uma parte da cidade sempre movimentada por um
personagem digno de história em quadrinhos, o impagável MAPPÃO. O nome real é Mauro
Reichert.
Quando escapa da vigilância da dedicada
esposa Antônia, Mappão se dirige ao Bar
do Índio, seu point preferido, onde, não raro empenha-se em ferrenhos
debates sobre a conjuntura municipal, estadual e federal. Na verdade, não tem
partido político definido, no que procura sempre deixar bem claro.
O mais recente debate em que se meteu foi
sobre as Pedaladas da presidenta.
No instante em que a temperatura subia no
Bar do Índio, com alguns até falando sobre a conveniência de se fazer um
protesto em Ipaussu pelas pedaladas da
Dilma, ele disse enfaticamente:
Gente, eu não tô
aqui pra defende ninguém, mas não engulo essa absurda implicância que vocês e
muitas pessoas mantém pela Dilma. Escutei no rádio repórter falando da marca da
magrela que ela comprô; de quanto custo e por aí vai, só criticando o fato por
ela, ser presidente, dar seus passeios em duas rodas movida a arroz e feijão.
Ah, tenha paciência, pessoal. Pior se ela tivesse gastando álcool ou gasolina.
Arrumem outro pretexto para criticar quem está quieto.
Diante do silêncio dos debatedores,
alguns sem conter o riso, Mappão
arrematou:
“E aí? Vão dizer que o dólar subiu? Ah, caramba, eu nunca vi e tenho
certeza que vocês também nunca viram esse tipo de dinheiro que, tanto faz valer
1 quanto 5 reais, pra nóis dá no mesmo. E já por hoje todo mundo calou a boca,
vou lá pra casa comer pastéis da dona Antonha!”
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