A Química não é tudo !
* Geraldo Generoso – FRC
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ão obstante os medicamentos químicos sejam – pode-se
dizer – imprescindíveis em grande número de casos, é óbvio que eles não esgotam
as possibilidades, nem se pode esperar por remédios milagrosos.
Sem qualquer dúvida, pessoas que gozam de perfeita ou mesmo média sanidade
mental e emocional, não estão sujeitas ou inclusas na lista dos possíveis
suicidas.
Eis, pois, uma pista interessante,
balizadora de de inegável ajuda aos profissionais envolvidos na
prevenção desse ato extremo de tão trágico efeito na família e na sociedade.
Claro que medicamentos antidepressivos são meios emergenciais, temporários e de que se pode esperar efeitos mais imediatos, casos patológicos graves.. Tivemos a era do Vallium, à
base de benzodiazepina, com seus vários rótulos. Depois um nome ocupou o arsenal terapêutico,
o Hoypinol, também atendendo a demanda
de pessoas com distúrbios diversos.
Veio, após, o Prozac, uma verdadeira
panaceia, igualmente disputado pelos usuários, e eleito por grande número psiquiatras.a receitá-lo.
Isto caracteriza uma
evolução, ainda que lenta, se levadas em conta outras áreas da medicina na
disseminação de fármacos modernos. Hoje, dada a generalização de problemas de
ordem psicológica, nota-se uma maior velocidade da ciência em produzir meios
para conter a grande angústia do Terceiro
Milênio, que vem como um resíduo do Século XX.
De todo o exposto, fica
evidenciado que o homem, como ser dual – psicossomático, carne e psique, requer
uma observância de práticas saudáveis, o que em grande parte se resolve com
psicoterapias das mais diversas.
Inobstante, quando a causa é
física, requer a intervenção de meios que restabeleçam a harmonia nesse
equilíbrio entre um e outro aspecto de sua vida.
Em certos hospitais, em
casos de pessoas com tendências suicidas, em décadas anteriores ministrava-se o
eletrochoque como recurso, a par com
medicamentos injetáveis até mesmo por via endovenosa.
Hoje, como sucedâneo do
temido eletrochoque, há aparelhos com a mesma finalidade, sem causar o horror
que o antigo equipamento apresentava.
Em contrapartida à onda
avassaladora de insultos psíquicos, com gravames de um milênio onde ainda não
se atingiu a utopia da igualdade, liberdade e fraternidade, há luzes de
variegadas cores ao final do túnel, com mentes poderosas, a aplicar
conhecimentos, processos e produtos para aqueles que precisam de tais recursos.
Num momento em que a
sociedade passa a reger-se, precipuamente pelo mercado, é preciso que grupos
atuem e se organizem para que cada vez maior número de pessoas possam desfrutar
das maravilhosas conquistas deste Novo Século.
Tudo é válido – química,
psicoterapias, psicanálise e, aí inclusa, a espiritualidade de que cada um de
nós originalmente fomos feitos, e que, não
podendo ignorar o lado espiritual – ainda que até o momento com sua maior parte
desconhecida, precisa prevalecer na existência de todos os homens ,mulheres,
jovens e crianças.
Não é por acaso a estreita relação semântica entre a palavra
sanidade e santidade.
* Geraldo Generoso é escritor e jornalista – em especial
para Diário MS – Dourados
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