MEMÓRIAS POLÍTICAS

LEMBRANÇA DE UM COMÍCIO EM CHAVANTES 

Campanha de Quércia para governador, em 1986, com eleições  para deputados e senadores, com o PMDB em alta.  A caravana, capitaneada pelo então deputado federal  e candidato à reeleição, Dr Doreto Campanari, e Benedito Ribeiro,  a deputado estadual, foi a Chavantes para uma noite de comício, com preparativos muito bem elaborados por Hélio Brizola, então assessor de Doreto, deputado e médico mariliense.

O Saudoso Hélio Brisola, ao centro. Atrás Franco Montoro e à direita Israel Mamona (vereador santacruzense)

 À época, o padre da cidade possuía um clube de forró e não via com bons olhos o PMDB. Pelo menos foi o que disseram  os peemedebistas mais exaltados na prévia reunião para distribuir os oradores no palanque. 

Cada qual escolheu seu tema. Exceto o Benedito Ribeiro, que me chamando do lado informou: Presidente, (da Câmara de Ipaussu)  eu já sei o que vou falar, mas vou guardar segredo, vai ser uma bomba. Cada qual falou sobre as virtudes do PMDB. Chegou a vez de Benedito Ribeiro tirar da manga a sua mensagem :

Benedito Ribeiro à direita de Almino Affonso.

-“ O padre desta cidade, meus amigos”

      Dito Ribeiro foi surpreendido por um enorme puxão pelas costas que o afastou do microfone.

        Era Doreto Campanari, cuja vida política mais experimentada tinha por lema jamais brigar com juiz, delegado de polícia e padre. Ribeiro não se deu por vencido:

-         “O padre eterno de Chavantes há de iluminar cada um de vocês para votar no PMDB de ponta a ponta.

        E assim Dito Ribeiro foi o mais aplaudido da noite.

   Não se sabe se porque usou de um tema infalível – (a religiosidade popular) ou se pela brevidade com que entregou o microfone para o Leonildo Vidal, então prefeito, dar o seu recado.