Escuto, insone, o vento na janela
De minha alma a bater a cada instante,
Traz-me, por certo, a voz e o inebriante
Aroma inconfundível que é só dela.
Num rabisco de estrelas cintilante
Uma saudade antiga a noite sela;
Como inédita e vívida aquarela,
Outro dia surgiu, belo e radiante.
Sou um pouco esse dia, só um pouco...
Sem rumo em meu cismar e, impulsionado
Pelos ventos da vida voando
Na voragem das horas como um louco,
Fico a pisar nas pedras do passado,
Nossos dias felizes relembrando.
Excelente trabalho de pintura, em preto e branco, do artista plural José Vicente Campos. |
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