POETISA

                 

            Q
uerida, és esplendor; és luz na imensa
            Treva que envolve a minha vida; és canto
            Que enche o silêncio; és-me tudo o quanto
            Ainda resta da perdida crença!

            Por dentro da névoa da neblina densa,
            Rola em ondas de adeus magoado pranto;
            Foi o amor imortal; foi a dor outro tanto,
            Na igual proporção da ventura, a sentença.

            Senti, sem rumo, da existência a meta;
            Tentando em rimas tudo recompor,
            Mesmo sem o querer, me fiz poeta...

            Se a lira que tangi de leste a oeste
            Tiver no estro pobre algum valor,
            Os versos fui quem fiz; o poeta tu fizestes.

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