O mundo da net é fantástico. Leva-nos, de fato, a um mundo sem fronteiras. Eis que este despretensioso blog, feito por um brasileiro, sobrevoa a Letônia. E aí cogito quem será esse meu leitor(a). Ele nem sabe a felicidade que me proporciona ao constatar, nas estatísticas, que ele acesssou estes alfarrábios. Justo eu, que ao contrário dos turistas "lugares comuns", aspirantes a Paris e New York em seus roteiros, desde menino sou um apaixonado pela Europa Oriental.
Hungria, Polônia, Tcheco Eslováquia (que pena ter que escandir o nome deste país) do qual vieram muitas das ferramentas de meu pai José, carpinteiro como o grande José bíblico e universal. Romênia, que amor sem explicação, mas provindo da intuição de que lá tem gentes especiais. Bulgária, terra dos ancestrais de minha respeitada presidente da República do Brasil. Iugoslávia, outro atrativo até mais do que turístico, com tanta arte a ser descoberta.
Foi uma pena que da Europa do Leste Europeu, poucos deles aqui aportaram, em terras brasileiras. A amostra de seus valores, que dá para perceber sem esforço nos valores culturais e morais dos descendentes que aqui estão em nosso País, bem que nos leva a desejar que a História os tivesse acrescido em nossa lista de imigrantes especiais.
Assim me expresso não por caprichosa idiossincrasia, este pendor que me arrasta, desde menino, par ao Leste Europeu. Foi grande meu contentamento quando Berlim voltou a ser a capital da Alemanha, depois da unificação. Berlim é o sinônimo mais exato para Alemanha, de tantos valores e tanta História, histórias bonitas de um povo perfeccionista.
O sangue alemão corre pelas nossas coxilhas riograndenses e igualmente em grande parte da população de Santa Catarina, estados que trazem um feitio de um Brasil especial, próspero, progressista e disciplinado.
Mas aqui quero deixar um grande abraço ao (s) meu(s) leitores da Letônia. Obviamente, sei que deve tratar-se de brasileiro, cuja identidade do idioma nos une de forma muito especial. Mas saber que esse brasileiro adotivo da Letônia, lá está a espelhar um mundo globalizado, do qual, por meu otimismo inamovível, prevejo tempos melhores. Sim, tempos de Paz e de União entre os povos, até porque, levando-se em conta o que a atual civilização mais preza - que é o sucesso econômico -, o mesmo só se efetiva quando os valores humanos se fizerem realmente reconhecidos.
Peço licença a todos para mandar AQUELE ABRAÇO à Letônia.
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