ESCREVER É UM DESAFIO
Sim. Há os que aceitam esse desafio e seguem em frente. Aventuram-se sob o silêncio dessa arte entretecida de solidão. Fazem verter da insônia, do amor ou do despeito novas idéias.
Mora em um reino acima da verdade e da mentira, onde só conta ponto a estética e onde só impera a arte. Retiram do nada histórias fantásticas que a própria vida não deixou acontecer. Depõe sobre o papel a sua própria alma. Um escritor é como uma criança enlevada com um brinquedo. Não vê as horas escoarem do relógio.
Carlos Pena Filho, que se ocupou no estudo e análise do potencial criativo, principalmente poético, enfoca a convulsão que o artista experimenta enquanto concebe o fruto de sua arte. Ele ensina que não se trata de uma apreensão mental, mas um estar disponível à magia das palavras. É um ato de escuta, até que a primeira palavra aflore e nela se atrelem as demais.
Ainda segundo esse mesmo autor, citado pela crítica literária Marina Ferraz da Universidade Federal de Pernambuco:
“É preciso ir regando as palavras, uma a uma, partindo sempre da flor-palavra mais simples, mais local. Não se exige muita cor e muito espaço e jamais se apresse. Pelo contrário, deixe-se embalar por suas lembranças de infância”
Observação: Este é um pequeno tópico do livro de minha autoria, SEGREDOS DA CRIATIVIDADE LITERÁRIA, publicado e distribuído pela editora agbook.
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