Drogas, Drogados e Traficantes


A sociedade, hoje, por seus poderes constituídos, entrou numa conhecida rotina de combate ao tráfico de drogas, como era de se esperar, sem um saldo positivo para a população brasileira, cada vez mais assustada com esse flagelo que hoje grassa em todos os quadrantes da Nação.

    Dessa história, ou melhor, dessa tragédia diária, todos conhecemos a hierarquia da trama de começo, meio e fim. Mas que não se logra chegar a um final feliz, em que possa contabilizar um saldo favorável para a questão em termos de governo.

Rotina Governamental  Inócua
    Todos assistimos, diariamente, a apreensão de grande volume de drogaas, em nível de toneladas, que os traficantes fazem passear por rotas conhecidaas no território nacional, e cada vez mais, todos nos assustamos com a avalanche de jovens que caem nas malhas fatais do vício, de difícil retorno, passando por um prelúdio na maconha e depois enveredando-se pela cocaína, crack e outros ingredientes de morte que os traficantes lançam a mancheias no mercado nacional e internacional. Oras, cada carregamento apreendido  faz oscilar a balança de alta precisão da lei de oferta e procura desse mercado maldito, e tudo fica na mesma. Sim, porque mesmo que pudessem os governos prender toda a droga circulante, o que resultaria, sem dúvida, todos sabemos que seria o caos que derivaria da crise de dependência dos nossos usuários desses produtos que tanto mal fazem a população.

Será que existe uma Solução?
    Por mais desafiante que seja essa questão, como todo problema, tem a sua solução correspondente. O que é preciso é vontade política e criatividade. É preciso encarar o problema das drogas sem tabus ou meias palavras. Há pouco tempo, um jornalista da FOLHA DE OURINHOS, Antonio Nunes Horta, um senhor septuagenário, trouxe à baila uma sugestão que vale ser aqui exposta, a qual consideramos muito válida para esse momentoso desafio que tanto infelicita a juventude ( e até adultos) de nosso país.

    A proposta de Nunes Horta é simples sem ser simplista, mas de todas as que já ouvimos, mesmo integrada por doutores engravatados e cheios de diplomas, quer nos parecer a única realmente viável.

    Segundo esse jornalista interiorano, o governo deve, simultaneamente, atacar a questão das drogas por várias frentes. Muito do que tem sido feito por aí, pelas atuais autoridades, continua válido: conscientização do problema pela mídia, leis rigorosas contra o tráfico de tóxicos, campanhas educativas escolares etc.

    Mas o mais importante deve ser o investimento na recuperação dos usuários de drogas, como primeira medida de enfraquecimento dos mercado desse setor. As autoridades poderiam administrar o problema de todo e qualquer toxicômano, considerando-o como doente. E, como tal, tomar a si essa responsabilidade de recuperá-lo.

    Sim, pois em sã consciência, todo viciado gostaria, sim, de sair desse Vale Tenebroso, mas não podem mais administrar a própria vontade para livrar-se desse transtorno.

     Para agilizar esse procedimento, em recintos devidamente guardados por autoridades de confiança, bem remuneradas, devidamente resguardadas com pessoal armado e bem treinado e os serviços de inteligência funcionando, o Governo passar a usar esses produtos para manter as clínicas de tratamento proporcionando ao viciado dependente esses produtos, em doses criteriosas e de forma decrescente, quebrando a força de mercado do tráfico em nosso meio.

    Num primeiro momento, isto quebraria a espinha dorsal do tráfico e, ao mesmo tempo, o Governo deveria investir maciçamente em recursos, provendo todas as frentes de combate ao narcotráfico, admitindo, enquanto há tempo, que estamos numa guerra, a guerra contra os traficantes - cada vez mais ousados - que aliciam dia e noite nossa juventude, fazendo vítimas aos nossos jovens e suas famílias.

    A princípio, esta proposta do jornalista NUNES HORTA me pareceu exótica, mas hoje a tenho como solução única, obviamente devendo ser adequada ao feitio da legislação brasileira, em prol de nosso povo ameaçado dia e noite pela gana dos traficantes, sequiosos de lucros feitos de morte e luto num crescendo assustador.

Geraldo Generoso - jornalista - Mtb. 33788

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