CADA VIDA É UMA MISSÃO

Cada pessoa traz para este mundo uma missão, à qual competirá a ela própria burilar ao feitio de seu ideal, na dimensão que o desejar, se assim o fizer de todo o coração. Cedo se aprende no catecismo da igreja sobre a necessidade de não se  cair em pecados - mormente aqueles considerados pecados mortais.

A catequista lê, explica e, a bem da verdade, é uma semente lançada, embora tenra como sempre é uma sementinha, que direcionará a vida futura dessas  criaturas. Aqui não apregoo, como o fez o filósofo Voltaire que via, de forma  crua e objetiva, a religião como um freio necessário,  a ponto de afirmar  que  se Deus não existisse, era preciso inventá-lo, como uma forma de equilibrar a sociedade.

Restou implícito, ainda que alguns instrutores prezem afirmar que a omissão equivale, em mesmo grau, à perpetração de um pecado. Enquanto de um lado a tecnologia assazmente facilitou a vida das pessoas, por outra fez exacerbar o individualismo.

 Até mesmo os laços familiares, que são raízes de sangue e exemplos, aos poucos se dissipa, em meio a uma corrida que, no mais das vezes, o sujeito não sabe para onde ir. A ciência que nos prometeu todas as respostas, apenas faz aumentar em cada um de nós um número ilimitado de indagações.

Felizmente, mesmo em meio a uma apatia generalizada que se verifica em nível mundial, mormente nos países de Primeiro Mundo e nos emergentes, ainda há esperança de melhores formas de vida. De uma conscientização que promova um senso de responsabilidade, diante da hora crucial que atravessamos.

Todo o avanço da humanidade, em todas as épocas, apesar dos pesares e de muitos equívocos, sempre ocorreu em função das minorias. Assim afirmo, não por um pensamento elitista de julgar que as massas sejam inermes e precisem e mereçam ser conduzidas.

Assim reafirmo, como ensinou Will Durant por outras palavras, que todo poder se realiza mediante um princípio de organização.  Meramente união não faz efeito, é preciso que seja articulada, organizada e hierarquizada.

No que tange a religião, obviamente discordando mais uma vez de Voltaire quando afirmou que a relligião surgiu com o primeiro espertalhão que encontrou o primeiro tolo, se passarmos os olhos pela História, logo ali nos primórdios dos primeiros grupamentos humanos, é fácil verificar que a religião nasceu  a partir do anseio e satisfação das necessidades básicas do ser humano.

Melhor dizendo, os instintos, palavra que hoje soa de uma forma equívoca, como sendo algo a ser constantemente dominado, foi ele sim, que gerou o primeiro impulso de idealizar a Divindade. Fundamentalmente, quais foram os primeiros motivos de festas entre os primitivos, senão as colheitas, que queriam fartas?

 Sempre que isso ocorria, agradeciam - a seus modos - a um Deus que os havia permitido uma boa alimentação. Comiam exageradamente, livres do medo da fome que, infelizmente, era comum eles sofrerem por diferentes causas.

No que dizia respeito ao sexo, igualmente achavam motivo de dar graças a uma entidade que os permitia sentir esse velho, mas sempre atual prazer, que acompanha o homem desde os seus tempos de arborícola.

Todavia, já é mais que tempo em que a humanidade se volte mais para o Creador, pois a humanidade não é mais criança, Amadureceu o suficiente para contar com uma concepção nova, mais próxima da espiritualidade maior, compreendendo, por via de tantos sábios, iluminados e iniciados, que nos legaram visões mais sublimes do Criador e de nossa relação com Ele.

Preocupante para cada civilização quando os valores se materizalizama tal ponto que a ideia que se faz de Deus se esfacela em meio a cédulas, moedas e tudo quanto possa comprar nos shoppins. Consumir produtos que invadem o próprio recinto do lar, último reduto e asilo inviólável, com uma vitrine permanente, através das telas dos televisores, a cada dia com mais polegadas e com mais nitidez, em resoluções espantosas.

Tudo o que existe para desfrute humano, em nenhum sentido é condenável. Mas como bem pregou um filósofo em idos tempos: só há um excesso recomendável neste mundo, o da gratidão.

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