DO CADERNO G -5ª 29/10/2009

5:10 h da manhã de 29 de outubro de 2009.

A madrugada ainda não se despiu de seu vestido de noite, sacudido pelo vento intermitente ao derredor. Uma sinfonia de motores ocupa o palco da rodovia próxima. Como a destoar das notas velozes do asfalto, um galo intromete seu canto nas cercanias.

Na realidade são 4 h 10 m da matina, pois o horário de verão já impera, a pretexto de economia de energia elétrica. E quanta energia se perde por falta de energia de nossos poderes constituídos para evitar a sangria da corrupção desbragada.

Não posso me estender muito, nesta hora de recolhimento a este diário que se abre para os meus dedos, por conta da insegurança, ainda que não haja antecedentes de visitantes indesejados, já não conto mais com a presença de um vigilante, conhecido por sua valentia: o Nico - um pintcher muito especial, com suas orelhas em forma de antenas muito sensíveis para avisar até mesmo da passagem de transeuntes, aqui pela minha rua sem saída para veículos.

Enfim, é a vida que a gente continua, na luta por ganhá-la, mesmo em meio a perdas que fingimos esquecer. Faz parte da existência de todas as pessoas, em todas as famílias.



 Vou fechar o caderno e procurar, com bom senso, conformar-me com a verdade de que Nico continua a fazer parte do universo. De forma  especial, do meu universo, pelas lembranças que nunca se apagam, de suas artes, seus fricotes e suas fugas, que tanto me desesperavam. Enfim, agora ele se evadiu mesmo, mas o espaço e o tempo que ele ocupou nesta casa deve estar mais doque vivo nos registros akásicos e nos mais especiais do meu coração.





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