Alfarrábios do Generoso: MÉDICA BEM VINDA
Alfarrábios do Generoso: MÉDICA BEM VINDA: DOUTORA AMANDA MENDONÇA, BEM VINDA A IPAUSSU. Nascida em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, BRASIL, AMANDA...
MÉDICA BEM VINDA
DOUTORA AMANDA MENDONÇA, BEM VINDA A IPAUSSU.
Nascida em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, BRASIL, AMANDA MENDONÇA foi visitada por nossa reportagem, em um de seus locais de
trabalho – o Centro de Saúde Felippe Miguel.
Sim, em Ipaussu, onde também
atende mais 3 unidades de saúde, distribuído em outros pontos da cidade.
Formada fisioterapeuta, com especialização e pós graduada na área
cárdio-respiratória, estagiava nas férias na U.T.I. do Hospital das Clínicas (SP) e, quanto mais intenso o trabalho, maior
a satisfação em exercer a profissão escolhida.
Seu espírito dinâmico a levou a cursar medicina e concluir pela FAMENE
de João Pessoa, na Paraíba, de onde guarda muito boas lembranças e não se cansa
de falar das belezas do nordeste e o encanto daquela gente tão especial.
Por
sua juventude, somada à vocação pela medicina, já se direciona para
especialização. Com incrível capacidade de interação com os pacientes; pela
facilidade com lê nos olhos histórias de vida que se abrem diante dela,
indaguei se desejava se especializar em psiquiatria.
Respondeu que sua ternura pelas pessoas “mais
velhas” a direcionava para geriatria e cursos afins, pois ela se sente muito
sensibilizada com pessoas dessa faixa crepuscular da vida que, por todo um
viver, de tantas lutas como é comum a cada pessoa, os idosos lhe despertam uma
ternura que a move a tudo empreender para que vivam bem esses momentos
conclusivos que, por direito humano, todos merecemos.
Seus horários se dilatam além do previsto.
Atende também Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos. Apressa-se em chegar cedo e
sair tarde, nesse seu trabalho que muito a gratifica, não só como a nobre
profissão de médica, mas pela pessoa que sempre se doa a cada um dos pacientes.
Na entrevista à Folha de Ourinhos, ela cumprimentou o jornal pelos 60 anos de
vida ininterrupta e afirmou, como médica, que a maioria das dores e dos
achaques, da maioria das pessoas, vem mais da alma que do corpo.
Sua mesa, com
flores e lembrancinhas diversas, em nome do nosso jornal, foi-lhe entregue por
este jornalista o livro “PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR” – Poemas Tamanho
G.
AMANDA MENDONÇA, vem trazer a
Ipaussu e região um brinde de alegria e saúde, que ora se estende por toda a nossa
região.
Alfarrábios do Generoso: Poema 333 Noiva do Vento
Alfarrábios do Generoso: Poema 333 Noiva do Vento: NOIVA DO VENTO Bem cedo chegou, Alva, mansa e linda, Quando a aurora ainda Sequer despontou, Ela veio esguia Sobre a noite qu...
Poema 333 Noiva do Vento
NOIVA DO VENTO
Bem cedo chegou,
Alva, mansa e linda,
Quando a aurora ainda
Sequer despontou,
Ela veio esguia
Sobre a noite que ia
Em breve ser finda.
Em seu colo trouxe
E espalhou com os dedos
Finos, transparentes,
Uma canção doce
Sobre os arvoredos
E os telhados quentes.
Com seus membros lassos,
Foi descalça e boa
A lavar cansaços
Da rua sem passos
Naqueles espaços
Fez-se em garoa.
Branca se esvoaça
A pisar a rua,
Em desfile, nua,
Com o vento enlaça,
Avança e recua
E cantando passa.
Garoa-garota,
Em nudez marota,
Surpreendeu o estio,
Ganha em sua rota
Do vento indiscreto
A ecoar no concreto
Um longo assobio.
Num sopro ciumento
Vestiu-a de folhas,
Inteiro se molha
Pra lograr o intento,
De saciar o cio,
Com ela fugiu
Para o firmamento.
Alfarrábios do Generoso: MENTIRA A DOIS (poesia G.Generoso)
Alfarrábios do Generoso: MENTIRA A DOIS (poesia G.Generoso): MENTIRA A DOIS Falas no fim do amor, até te atreves Dizer: - Foi um romance de mentira; Não me tomas por musa de tua lira, Até ma...
MENTIRA A DOIS (poesia G.Generoso)
MENTIRA A DOIS
Falas no fim do amor, até te
atreves
Dizer: - Foi um romance de mentira;
Não me tomas por musa de tua lira,
Até mais dizes mas jamais
escreves.
Muito resta em nós do nosso enlevo,
Momentos de paixão e, ainda a pira
Da ilusão acesa em teu olhar
conspira
Para dizer dos beijos que te devo.
Se de ti me perguntam, digo o
mesmo
-
Ela é a sombra de um amor extinto
-
Que se desfez no meu passado a esmo..
Do que há de pior tuas feições pinto,
Como me tens pintado e, nestes termos,
Nunca me deixas só quando assim minto.
Alfarrábios do Generoso: JÁ PENSOU NISSO?
Alfarrábios do Generoso: JÁ PENSOU NISSO?: QUEM SOU EU 2 ? Na observância de um decreto irrevogável, Sou atento aos preceitos Do descanso do sétimo dia Em todos os me...
JÁ PENSOU NISSO?
QUEM SOU
EU 2
?
Na observância de um decreto
irrevogável,
Sou atento aos preceitos
Do descanso do sétimo dia
Em todos os meus dias da
semana.
Enquanto isso
Os meus críticos não
descansam
Em lançar-me às costas os
seus impropérios;
Atirando-me pedras de
argumentos chochos
Invejosos desta minha forma
de vida
Que bem queriam ter adotado.
Não quero causa própria
advogar,
Nem realçar neste mundo o
meu valor,
Mas a quanta gente faço
ocupada
Na criação de comodidades,
desde a invenção da roda!
Até o controle remoto,
No engenho incessante
De novos confortos
No afã de simplificar a vida
E incrementar o consumo.
Pensando em minha
necessidade,
Quanto se aprimoraram os
leitos,
Colchões, colchonetes e
almofadas,
Poltronas, sofás
,espreguiçadeiras,
Cadeiras de balanço,
guarda-sóis de praias
E mesmo os bancos dos
jardins,
os assentos nas praças,
O carro-leito, o trem, o avião e até veículos
Para viajar para o mundo da
lua,
Quer queiram quer não.
Minha presença é sempre
levada em alta conta
Até nas igrejas e nos parlamentos
Onde as poltronas perfilam
Em minha homenagem como um
exército agradecido.
Deste meu desprendimento
Resulta até a paz para os
governos
Em todos os quadrantes.
Sou pela paz,
Não importuno governo e empregadores
Com pedidos de serviços ou
tarefas
A pretexto de ganhos...
Em vez disso,
Em gesto de extrema renúncia
Não inflo o mercado de
trabalho,
Não concorro com os trabalhadores
Nem tenho o pecado da inveja
Daqueles que se enobrecem
Pelo suor do próprio
rosto...
Fiel à herança biológica
Identifico-me com um bicho
herbívoro,
Inofensivo e útil como
exemplo
De bom comportamento e vida
sã,
Longe das fábricas, das
oficinas
Com que dia e noite
Sonham milhares de
desempregados,
Em meu Ócio Criativo,
Eu simplesmente canto
Como Domenico di Masi
O meu hino à PREGUIÇA.
Alfarrábios do Generoso: RESTOS DE UMA NOITE
Alfarrábios do Generoso: RESTOS DE UMA NOITE: Na réstia Das palavras...
Alfarrábios do Generoso: OLHOS ANGELICAIS
Alfarrábios do Generoso: OLHOS ANGELICAIS: OLHOS ANGELICAIS É uma busca incansável esta esperança Que nasceu de uma simples a...
RESTOS DE UMA NOITE
Na réstia
Das palavras
Já não resta
Sequer
Nem um raio de sol
De um amanhã qualquer...
Ficou só a noite só,
Que se fez mulher
E se esvaiu
Numa estátua de pó.
Poema do livro de G.Generoso
Pra não dizer que não falei de amor.
OLHOS ANGELICAIS
OLHOS ANGELICAIS
É uma busca incansável esta esperança
Que nasceu de uma simples amizade,
Bela surgiu, de plena claridade,
A mulher que este peito hoje balança.
De esperá-la a alma não se cansa
Dentro da vida e da eternidade,
Velha ilusão que renova a saudade
Com o tempo a crescer que vai e avança.
Alimentando no futuro a crença
Da decisão final, nessa detença
Há um gosto de morte e de infinito.
Neste crescendo da ilusão que chego
O sentimento já virou apego,
Quanto mais impossível, mais bonito.
Poema de Geraldo Peres Generoso, do livro
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR.
Alfarrábios do Generoso: Último segredo
Alfarrábios do Generoso: Último segredo: Amar-te em segredo, eis o meu fado; Vestir a máscara da indiferença Por temer ...
Último segredo
Amar-te em segredo, eis o meu fado;
Vestir a máscara da indiferença
Por temer o teu “não” como sentença,
Mantenho o coração sempre trancado.
Ardo em solidão na febre intensa
À espera sempre desse bem adiado:
Que é tua presença sempre ao meu lado,
Em outro bem minha alma não mais pensa.
Viver por esta só ilusão de amar-te
E nela resumir a vida e a arte
Como um cantor de uma só canção.
Em minha vida há este só querer,
Tentando este segredo esconder
Para um dia encerrá-lo sob o chão
Vestir a máscara da indiferença
Por temer o teu “não” como sentença,
Mantenho o coração sempre trancado.
Ardo em solidão na febre intensa
À espera sempre desse bem adiado:
Que é tua presença sempre ao meu lado,
Em outro bem minha alma não mais pensa.
Viver por esta só ilusão de amar-te
E nela resumir a vida e a arte
Como um cantor de uma só canção.
Em minha vida há este só querer,
Tentando este segredo esconder
Para um dia encerrá-lo sob o chão
Poesia n.o 13 do livro PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AMOR,
de Geraldo Peres Generoso
Alfarrábios do Generoso: Juízo, afinal
Alfarrábios do Generoso: Juízo, afinal: O ÚLTIMO DESPERTAR Alguns falam em carma, Outros, em Graça... Mas, o que existe no pensar É apenas m mistério insondável Em cad...
Juízo, afinal
O ÚLTIMO DESPERTAR
Alguns
falam em carma,
Outros, em
Graça...
Mas, o que
existe no pensar
É apenas m
mistério insondável
Em cada
minuto que passa.
Há pessoas
que falam em Deus,
Outras discorrem
sobre Satã,
Há até os
que se dizem ateus,
Mas sempre
restam dúvidas
Sobre o
hoje e os amanhãs!
Nesse
dilema profundo
Eu sei
apenas que não sei de nada
Sobre este
e o outro mundo...
É apenas
uma passagem
Entre o riso e a tragédia:
Nada se
escuta além da estrada,
Sobre a
vida não há rédea.
Muitos
falam em trombetas
Acordando
os mortos
Num juízo
irrecorrível,
De anjos e
capetas,
Na chegada
de um tempo horrível .
Há os que
falam em trombeta audível
Mas a trombeta angelical
Talvez foi
ultrapassada
Por
instrumentos de decibéis mais fortes,
Capazes de
acordar
O mundo de
sul a norte.
Haverá –
quem sabe? – sobressalto
Nos mortos
ao acordar,
Cujo
primeiro gesto
Será,
talvez, o longo espreguiçar
De um longo sono...
E ao
retornar à vida,
Que, por
viver, souberam dura
Com sobras
de dor e mágoas,
Ao
despertar, ao pé da sepultura,
Que não
falte na torneira a água;
Que se
avise a Polícia, a Prefeitura,
Pra
marcar ordem nessa fila renascida,
Para os
ex-mortos lavarem os rostos
No recomeço
de mais uma vida.
Alfarrábios do Generoso: A FRESTA DA PORTA
Alfarrábios do Generoso: A FRESTA DA PORTA: A fresta filtra O sol que infiltra ...
A FRESTA DA PORTA
O sol que infiltra
A luz diária.
A fresta é fenda
Na porta antiga
Que nos desvenda
A casa amiga...
A fresta é a entrada
Da folha morta,
A fresta é a porta
Da própria porta.
Alfarrábios do Generoso: PROFESSORES MERECEM RESPEITO E CARINHO
Alfarrábios do Generoso: PROFESSORES MERECEM RESPEITO E CARINHO: Ourives e Semeadores Não fossem as mãos a depor no colo da terra, a minúscula semente, para agasalhá-la no calor do solo e i...
PROFESSORES MERECEM RESPEITO E CARINHO
Ourives e Semeadores
Não fossem as mãos a depor no colo da terra,
a minúscula semente,
para agasalhá-la
no calor do solo
e irrigá-la no arrebentar do estio:
- A planta não passaria de
mera intenção da Natureza,
gorada sob a rudeza do chão
, sem flores nem frutos...
Sem as mãos pacientes do ourives,
a modelar o metal bruto e sem brilho
ou a fazer
nascer da pedra tosca
a jóia de beleza ímpar e de valor sem preço:
o ouro e a prata ,
e assim o diamante, valeriam tão só
um elemento de
inveja, cobiça e avareza, sem vida nem
luz.
Cada criança - semente de Deus,
vinda dos céus para os
canteiros do mundo,
carece das mãos
de alguém muito especial,
que possa ocupar, de coração aberto,
A ternura de uma mãe ou
o zelo de um pai.
Nossos jovens, a mais preciosa das jóias
que se engastam nas coroas do amanhã,
precisam de mãos firmes e ternas,
aprimorando-os
para a vida
a fim de
demonstrar seu divino fulgor.
Há
neste mundo algumas mãos zelosas
Ocupadas com as jóias e as sementes
Que fazem
a humanidade brilhar e florescer
Na seqüência sem fim das gerações:
- E estas mãos, singulares e abençoadas,
São as tuas, Professor/a
!
Alfarrábios do Generoso: DÚVIDA E FÉ, UM DILEMA ESPIRITUAL.
Alfarrábios do Generoso: DÚVIDA E FÉ, UM DILEMA ESPIRITUAL.: Geraldo Generoso, discursando no Baile dos 100 anos de Ipaussu, no Saci, em 2015 . Frágil se revela o ser humano Nesta travessia Noi...
DÚVIDA E FÉ, UM DILEMA ESPIRITUAL.
![]() |
Geraldo Generoso, discursando no Baile dos 100 anos de Ipaussu, no Saci, em 2015. |
Frágil se revela o ser humano
Nesta travessia
Noite a noite, dia a dia
Sobre um tempo cada vez mais desumano.
Quase impossível viver serenamente
Com vozes gementes ao nosso lado,
E o peso do fardo mais se sente
Por viver num planeta inacabado.
Asssombram-nos fatos e pessoas,
Reboa da morte a voz tragando
E vai levando as horas, más e boas
Com nova gente o mundo povoando.
Não sabemos dizer do fim previsto
Ou mesmo se esse fim será real,
Tudo aqui se revela no imprevisto
Desta gangorra entre o bem e o mal.
Mas vida prossegue e, a despeito
De tudo e de todos, sempre insiste
Em acolher, do coração, no peito,
Ao menos uma ilusão que ali persiste.
Em provas evidentes se entremostra
Uma força maior, acima e além
Desta vida terrena sem resposta,
A demonstrar que há o Supremo Bem.
Do Lar Paterno de onde exilamos,
O que nós mais queremos é o retorno
É por Deus que no fundo ansiamos.
Mesmo tendo venturas mil em torno
Alfarrábios do Generoso: GOOD MORNING, UNITED STATES OF AMERICA
Alfarrábios do Generoso: GOOD MORNING, UNITED STATES OF AMERICA: BOM DIA, ESTADOS UNIDOS. Não poderia deixar de agradecer pelo honroso acolhimento, neste meu modesto blog, que teço em horas roubada...
GOOD MORNING, UNITED STATES OF AMERICA
BOM DIA, ESTADOS UNIDOS.
Não poderia deixar de agradecer pelo honroso acolhimento, neste meu modesto blog, que teço em horas roubadas do meu trabalho diário, ainda necessário, mesmo batendo os costados nos 70 anos de existência.
Sou muito grato a todos os que acessam estes retalhos de minha vida, e do que vivi, aqui me expondo sem maquiagem. No milagre da tecnologia, estou face a face com o mundo, e isto me impõe responsabilidades.
A maior de todas, é não levar tristeza nem dor, pois disso as pessoas estão saturadas. O mundo é difícil, ou melhor, a humanidade não é fácil.
Vivo aqui no interior do Brasil, no estado líder do País, São Paulo. Numa pequena, mas linda cidadezinha chamada Ipaussu, que vem do idioma indígena e significa Ilha Grande.
Amigos e amigas, em especial nesta oportunidade, americanos e Colônia Brasileira radicada nos Estados Unidos.
Estou emocionado pelo número de acessos que detecto nas estatísticas, vindas em muito maior número, a cada dia, desse país que, não por acaso, é a mais próspera região do mundo e de um povo singular, valente e que respira Liberdade por todos os poros.
Curiosamente, desde a manhã de hoje eu pensava em buscar um meio de homenagear meus amigos aí dos Estados Unidos, e que, por cosmopolita que é essa Nação, são pessoas de todas as raças e classes sociais.
Então encontrei um vídeo, e aqui vai o link, de um grande artista brasileiro, Daniel (um cantor que vocês aí diriam ser country). E para felicidade minha, e de vocês, vai legendado para saborearem os versos das letras da canção.
Grande e fraterno abraço, irmãos do Norte, que aí mourejam e engrandecem essa Nação, com meus votos de pronto restabelecimento à minha querida e admirada Hillary Clinton.
Geraldo Peres Generoso (FRC) 14.09.2016 Ipaussu City
https://youtu.be/-Q37SEAjQVw?list=RDzJR
Não poderia deixar de agradecer pelo honroso acolhimento, neste meu modesto blog, que teço em horas roubadas do meu trabalho diário, ainda necessário, mesmo batendo os costados nos 70 anos de existência.
Sou muito grato a todos os que acessam estes retalhos de minha vida, e do que vivi, aqui me expondo sem maquiagem. No milagre da tecnologia, estou face a face com o mundo, e isto me impõe responsabilidades.
A maior de todas, é não levar tristeza nem dor, pois disso as pessoas estão saturadas. O mundo é difícil, ou melhor, a humanidade não é fácil.
Vivo aqui no interior do Brasil, no estado líder do País, São Paulo. Numa pequena, mas linda cidadezinha chamada Ipaussu, que vem do idioma indígena e significa Ilha Grande.
Amigos e amigas, em especial nesta oportunidade, americanos e Colônia Brasileira radicada nos Estados Unidos.
Estou emocionado pelo número de acessos que detecto nas estatísticas, vindas em muito maior número, a cada dia, desse país que, não por acaso, é a mais próspera região do mundo e de um povo singular, valente e que respira Liberdade por todos os poros.
Curiosamente, desde a manhã de hoje eu pensava em buscar um meio de homenagear meus amigos aí dos Estados Unidos, e que, por cosmopolita que é essa Nação, são pessoas de todas as raças e classes sociais.
Então encontrei um vídeo, e aqui vai o link, de um grande artista brasileiro, Daniel (um cantor que vocês aí diriam ser country). E para felicidade minha, e de vocês, vai legendado para saborearem os versos das letras da canção.
Grande e fraterno abraço, irmãos do Norte, que aí mourejam e engrandecem essa Nação, com meus votos de pronto restabelecimento à minha querida e admirada Hillary Clinton.
Geraldo Peres Generoso (FRC) 14.09.2016 Ipaussu City
https://youtu.be/-Q37SEAjQVw?list=RDzJR
Alfarrábios do Generoso: TODO CUIDADO É POUCO
Alfarrábios do Generoso: TODO CUIDADO É POUCO: Gersino mantinha de hábito informar-se por jornais, revistas, almanaques e programas de televisão sobre as muitas formas de doenças. D...
TODO CUIDADO É POUCO
Gersino mantinha de hábito
informar-se por jornais, revistas,
almanaques e programas de televisão sobre as muitas formas de doenças. Desde
tenra idade cultivava essa mania. Seus pais, Vitorino Emerenciana legaram-lhe
esse costume de associar causas e efeitos para explicar os óbitos de parentes,
vizinhos e conhecidos.
“Comer goiaba com semente dá nó nas tripas”. “Leite com
manga (e vice-versa) vira veneno no bucho”. “Tirar a roupa e deixar no avesso
na hora do banho dá ataque epilético”.Assim havia uma coletânea de superstições
científicas que iam longe.
Seu Vitorino pontificava nesse magistério de
asneiras, atento ao aprendizado do filho, dizendo passar a ele a experiência de
vida que assiste, efetivamente, aos mais velhos.
Segurando a viola e dando uma
pausa nos ponteios, lá sapecava o velhote instrutor:”Fruita de manhã é ouro,
de tarde é prata e de noite mata!”. “Chinelo virado de sola pra
riba morre o pai ou a mãe e se for o par morrem os dois”.
De seu não menos vasto bestialógico,
Dona Emerenciana amiúde avisava Gersino:
-
Fiio, nunca leia depois da comida. É perigoso
ter ataque de espuma e até morrer.
Vitorino, descansando o cabo da enxada embaixo do
sovaco, soltando uma fumaceira do cigarrão de palha, emendava: “Cabô de
comê/garro/a/lê e morreu.
O compadre
Venâncio sentou de tomá uma cafiaspirina com leite, teve um tanguá e esticou as
canela na hora.
Compadre Chico da Serra foi pior: bebeu pinga com café pro causo
de tosse e foi direitinho batê co rabo na cerca a mode um isparramo que deu
nele!
Exemplos não faltavam de como a morte não espera nada e como há coisas a
se evitar para se continuar vivo.Bem fazia jus àqueles versos de Carlos
Drummond de Andrade: “A cavalo e de galope, a cavalo e de galope, lá vem a
morte chegando.”
Por essa
razão, Gersino passou ver em quase tudo um pretexto de morte. Já adolescente
sentia aflorar certos apetites novos, os quais refreava, dizendo de si para
consigo:
“Do jeito que o mundo está hoje, não custa nada a gente pegar uma
sífilis, uma gonorreia, cavalo de crista, mula e, para mais dos pecados, uma
aids”.
Claro que
Gersino foi aos poucos deixando de crer em muitas das superstições de seus
velhos pais. Mas como acontece na maioria das vezes, travestiu essas manias em
outras.
Por conta da idade, por tomar muitas vitaminas, passou a engordar além
do desejado. Adotou vários regimes para emagrecer. Adotou a prática de
exercícios, sempre no dilema crucial de saber se não faria mal mexer demais com o
esqueleto.
Sempre
estudando o assunto “causa mortis” constatou que o trânsito encabeçava a
lista. Doenças cardíacas, violência urbana e um elenco de óbitos, naturais ou
não.
Num lance de
regressão à infância ouviu ecoar as palavras do seu finado pai, que morrera de
velhice, como que envolto num novelo de fumaça do cigarrão de palha:
-
“Nãum diante fechá a portera adispois que a tropa
escapô.
Chorou
copiosas lágrimas pela saudade de seus falecidos pais.
Tanto melhor: pois lera numa revista especializada de
medicina que chorar faz bem...
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