Alfarrábios do Generoso: CARNAVAL
Visto afan...: CARNAVAL Visto a fantasia, Que parece feia Mas não é real. Vou para ...
CARNAVAL
Visto a
fantasia,
Que parece
feia
Mas não é
real.
Vou para a
folia
Buscar um
remédio
Para o
tédio meu.
Vou fazer
sucesso
No rodar
do passo
Em cada
estribilho.
Vestir-me
de gente,
Pra ficar
radiante
E cheio de
barulho.
Visto um
chapéu
De
palhaço, azul,
Pra pular
sozinho:
Não fui ao
ensaio,
Sou mais
um no meio,
Só...neste
rebanho.
Vou viver
um sonho.
Na
garganta, ponho
Uma marcha
escrita.
Depois eu
me benzo,
Faz-me
puro a cinza
E a rotina
reato.
Então
continua
A outra
folia
Do
pós-carnaval!
Que vira
marasmo
E se faz
quaresma,
Volto ao
meu normal.
Alfarrábios do Generoso: EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL
Alfarrábios do Generoso: EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL: EDUCAÇÃO ACIMA DE TUDO? * Geraldo Generoso Ninguém, em sã consciência, pode subestimar o valor da educação. Essa postura faz par...
EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO ACIMA DE TUDO?
* Geraldo Generoso
Ninguém, em sã consciência, pode subestimar o valor da
educação. Essa postura faz parte de um consenso firmado há milênios, desde
tempos anteriores a Cristo em Israel. A tal ponto o povo israelita priorizava a
educação que não fazia restrição em desativar uma sinagoga para transformá-la
em uma escola.
No
entanto, ao correr do tempo, as circunstâncias passadas e mormente as presentes – justificam um questionamento a
tão delicada questão, quase um tabu.
Para
melhor situar a questão no tempo e no espaço, tendo em conta as várias nuances
que abarcam o tema – temos observado que
educação não faz milagres nem serve de passaporte, na quase totalidade das vezes, a uma melhoria real do ser humano.
Detenhamo-nos,
por um só instante, sobre estes
momentos angustiosos da atualidade
brasileira. Quantos e quantos – aliás
todos eles – dentre os envolvidos nos escândalos, que aí estão para se
escolher: mensalão, correios, mensalinhos e no momento os desvios no
Ministério dos Transportes – são todos educados de diplomas reconhecidos.
Engravatados, civilizados à exaustão, alguns com pós-graduação no exterior, aí
pululam soltos e saltitantes, entre eles até quem renuncie a se candidatar a
uma vaga para o Congresso, onde continuarão como personagens de outros dramas,
tristes e vergonhosos para a Nação brasileira.
Educação,
portanto, na acepção específica do termo, pelo visto, deve ir mais longe em seu
significado. Deve ir além de munir o educando com conhecimentos, que até servem
para refinar a ambição e permitir a indivíduos
desqualificados moralmente a galgar posições onde possam, mais ainda, ir em
prejuízo do bem comum.
A
educação precisa voltar-se para a Espiritualidade, em seu sentido vertical e
não apenas na cidadania ciosa de direitos explícitos sem a contrapartida dos
deveres morais e sociais de cada indivíduo.
Todos
esses saqueadores dos cofres públicos, vampiros do suor e sangue do povo
brasileiro, sem exceção, são indivíduos plenamente educados.
Educação
requer disciplina, hoje relegada a último plano, do maternal à faculdade. É
preciso educar as consciências, como veículos do Espírito, sem confundir
acúmulo de conhecimentos com dignidade, títulos, com honra e saber, com vergonha.
O
que justifica a posse de conhecimentos é o seu emprego positivo e constante em
favor dos demais seres humanos, pois ninguém se educa para viver para si mesmo
e para a própria família.
Os
grandes filósofos da humanidade, tais como Sócrates, Platão, Aristóteles e
outros tantos, sempre mantiveram suas vidas pautadas pela ética como condição
para passarem à história na condição de sábios.
Sem o caráter que demonstraram
em suas vidas, todo o conhecimento de que foram dotados se constituiria em mera
petulância ou vã intelectualidade, sem qualquer respeito a inspirar as gerações
que os sucederam.
Os
lares, infelizmente, estão carentes de bons exemplos por falta de tempo dos
pais para orientar seus filhos no rumo da verdadeira educação. As Escolas, por
melhor que sejam, jamais substituirão a
família na sua arte instintiva de educar.
A
maioria das igrejas, infelizmente,
algumas ciosas mais dos dízimos que recebem pelos milagres realizados por Deus
do que pela verdadeira espiritualidade, capazes de fazer grandes homens, também
não preenchem com plenitude esse requisito indispensável de forjar caracteres
nobres para uma Nação realmente justa, ordeira e progressista.
- -o autor escritor e
jornalista. – E-mail: braunaster@gmail.com
Alfarrábios do Generoso: O SENTIDO DA VIDA
Alfarrábios do Generoso: O SENTIDO DA VIDA: OS MITOS E O SENTIDO DA VIDA Geraldo Generoso * “Só a morte está isenta da dificuldade ”. - Joseph Campbel. Dizia Bocage,...
O SENTIDO DA VIDA
OS
MITOS E O SENTIDO DA VIDA
Geraldo
Generoso *
“Só a
morte está isenta da dificuldade”. - Joseph Campbel.
Dizia Bocage, em seus versos de um tempo mais
reflexivo de sua atribulada existência: “
...O sentido da vida e o seu arcano / É a imensa aspiração de ser divino/ No
supremo prazer de ser humano” .
Se fizermos uma análise na vida de uma
pessoa sobre o que ela tem de humano e transcendente ao mesmo tempo,
constata-se que tal indivíduo – homem ou mulher – tem sua estabilidade
psicológica na proporção dos mitos que cultiva. Eliminar o mito da vida de uma
pessoa é alijá-la de sua própria essência e manietar-lhe a alma, no que tem de
fundamental, enquanto ser pensante e sensíve.
O fio condutor da existência é o
fio mitológico. Entenda-se que o termo aqui não é empregado no sentido negativo
que à primeira vista pode parecer. Erasmo de Roterdan, em seu livro do
Renascimento, Elogio à Loucura, a certa altura nos conduz a imaginar um
potentado em posições comuns e imprescindíveis, (sobre um vaso sanitário) a pretexto de expor a verdade nua e crua sobre
quem realmente é quem.
Mas nós, humanos, não nos contentamos com a realidade
discutível do que se é, mas, como seres pensantes e sentintes queremos
ver exatamente o que criamos ou criam para nós no país do imaginário.
Como
seria triste o cientista que tomando de um piano reduzisse-o a prótons,
elétrons, nêutrons e outras novidades da física quântica, numa apreciação sem o
menor sentido para um músico ou ao comum da maioria de nós, apreciadores da
música que esse piano “ desmascarado” faz verter para nosso deleite.
A importância das ciências humanas e sociais,
onde nada é exato, revela-se a mais fascinante, porque o Universo tem duas
lógicas diametralmente opostas : uma,
exata, na frieza dos números por si mesma, e outra, no calor do que vemos,
sentimos e degustamos, por tudo quanto rimos e choramos e pelo que só assim estamos realmente vivos.
Nas sociedades primitivas, passando pelo
esplendor da Grécia com seu séquito formidável de filósofos ou em pleno
terceiro milênio com sua tecnologia galopante, o mito é a mola que nos faz
suportar o mundo.
O mito nos faz sair de
nosso acanhamento fatalista para os vôos da liberdade e do sonho que nos retira
da mesmice do ser.
O Papa João Paulo II, por exemplo, já se firmou como um
mito. O homem realmente foi uma lenda viva e quanto bem ele nos tem feito, não
só aos cristãos, mas a um mundo a que ele levou a cada um de nós deixar de olhar para o próprio umbigo e, aos chefes de
Estado puxou as orelhas para que descortinassem um mundo de equilíbrio e paz.
O
que seria, senão o mito, para explicar os avanços desse pontífice? Sem
exércitos, sem qualquer poder de barganha, sem a mínima estrutura em termos
potenciais da nação que dirigia, - o Vaticano – que não chega a um alqueire de
área, ele revolucionou o mundo inteiro com suas propostas e o mundo parou para
ouvi-lo em vida e depois pranteá-lo na
morte.
Se o mundo a tudo seguiu e obedeceu, não vem ao caso. Mas
ficou evidente o quanto ele marcou presença no concerto das Nações de
todo o globo terrestre.
Agora, a humanidade que passou, sim, por uma crise de identidade, pela perda
de um referencial que, justificadamente, a própria humanidade obrigou-se a
reconhecer como o seu mito maior, e talvez único, do ocaso do século passado..
Os católicos, a quem ele falava mais de perto, apressaram-se em canonizá-lo de
imediato, passando até, se fosse possível,
por sobre os cânones da própria Igreja.
Há um lugar vazio, ou pior que
isso, um trono vazio que clama para nossa imaginação em compensar perda tão
significativa com a memória devotada ao Papa Peregrino, fazendo-o o nosso santo
mais novo, e até mais próximo do que estava – no Vaticano ou em viagens pelo
mundo.
Será salutar que outro mito surja em breve, o que não é fácil, até
porque todo mito- por sua própria condição que nos exige fidelidade de
consciência, é sempre único e ao qual queremos insubstituível.
-* 0 autor é escritor e jornalista.
Alfarrábios do Generoso: Consultoria Novos Escritores
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Alfarrábios do Generoso: O INFALÍVEL DOM DA FÉ
Alfarrábios do Generoso: O INFALÍVEL DOM DA FÉ: O DOM INFALÍVEL Ante às provações Há sempre um dilema: - Avaliar, do desafio, as dimensões, Ou en...
O INFALÍVEL DOM DA FÉ
O DOM INFALÍVEL
Ante às provações
Há sempre um dilema:
- Avaliar, do desafio, as dimensões,
Ou enfrentar o problema,
Sem vacilações...
Mas se acaso nos afigura
Invencível o poder das situações,
É porque, em nossa vida à foram
Deixamos de crer
No Infinito Poder.
Que até em piores condições
Com a Sua mão nos fez ao mal vencer.
Ante cada óbice
Que se nos antepuser na estrada,
Vamos dobrar, se necessário, a dose
Da fé que em nós tem morada.
Nós temos a crença
Que supera a desgraça e cura a doença,
Diante da fé não há o que nos vença
E a própria morte não diz nada.
Alfarrábios do Generoso: Alfarrábios do Generoso: RECONFORTO
Alfarrábios do Generoso: Alfarrábios do Generoso: RECONFORTO: Alfarrábios do Generoso: RECONFORTO : Geraldo Generoso - A VOCÊ QUE ESTÁ TRISTE Quem fez a lágrima Que é o sal do rosto ? Não foi a...
LIVROS DO AUTOR GERALDO GENEROSO
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No link acima, os prezados internautas poderão visualizar parte dos livros já editados por este autor.
Um abraço afetuoso a todos e grato pelo prestígio da leitura.
Geraldo Peres Generoso
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Geraldo Peres Generoso
Alfarrábios do Generoso: RECONFORTO
Alfarrábios do Generoso: RECONFORTO: Geraldo Generoso - A VOCÊ QUE ESTÁ TRISTE Quem fez a lágrima Que é o sal do rosto ? Não foi a mágoa Nem o desgosto. Esta água ...
RECONFORTO
![]() |
Geraldo Generoso - |
A VOCÊ QUE ESTÁ TRISTE
Quem fez a lágrima
Que é o sal do rosto ?
Não foi a mágoa
Nem o desgosto.
Esta água que desce
De quase todos os olhos
E à própria alma umedece,
Quem a fez foi Deus.
Assim o homem, como a mulher,
Ao mundo não vieram só para chorar!
Uma lágrima caída,
Ou muitas, dentro da vida,
Pode ser para regar
Uma ilusão querida.
Tudo se vai com uma lágrima
Que cai de cada face,
E é na fonte da própria tristeza
Que se faz a ponte
Para uma maior beleza.
Se Deus fez o pranto
Como um pRoduto para o desabafo
De mágoas fundas ou passageiras,
Sabemos que, passageiras,
Assim se fazem todas as águas
Porque somente nós somos infinitos,
E transitórias são todas as mágoas.
Alfarrábios do Generoso: MAGNO ALVES - BIOGRAFIA DIALOGADA.
Alfarrábios do Generoso: MAGNO ALVES - BIOGRAFIA DIALOGADA.: Generoso: Hoje temos um dilema crucial nessa questão da profissão que é a automação, sempre requerendo mão de obra espec...
MAGNO ALVES - BIOGRAFIA DIALOGADA.
Generoso: Hoje temos um dilema
crucial nessa questão da profissão que é a automação, sempre requerendo mão de
obra especializada, com pessoas sabendo o máximo sobre o mínimo de partes da
engrenagem produtiva. Um outro sério desafio é que enquanto se é novo não reúne
a experiência exigida pelo empregador, e quando se adquire essa
experiência, por decorrência da idade, o
mercado de trabalho não oferece vagas.
Magno: Essa é uma questão conhecida,
que vem de longe. Mas o ajuste que a
pessoa fundamentalmente precisa de fazer nesse setor da vida – que é
fundamental – é desenvolver o equilíbrio e cultivar o desenvolvimento da
inteligência emocional. Modernamente, isto conta muito ponto - a integração da pessoa ao grupo profissional
de que é parte. Mas por falar em
engrenagem, vamos estabelecer uma comparação entre uma roda e uma engrenagem.
Eu comparo o aprendiz, e mesmo aquele profissional que está deslanchando, mas
ainda em começo de carreira, a uma roda que gira tão mais perfeitamente quanto
melhor ajustada estiver.
Uma roda, por
mais que gire, não girará mais do que lhe permite a sua dimensão. Esta é a imagem geométrica de quem começa uma
atividade, especialmente uma atividade autônoma, por conta própria.
Mas ninguém pode persistir sendo sempre o mesmo, e a girar
sempre na mesma configuração, com pena
de não se mover do lugar em que está. Sim, porque no Universo, tudo é dinâmico.
Assim, os anos passam. Infelizmente, mais depressa do que nos damos conta. Enquanto jovens não nos
assustamos com o tamanho das tarefas e a energia de que dispomos sempre dá
conta do recado com relativo sucesso.
Mas ai de quem
for um profissional rodante a vida toda. Na medida que os anos chegam, para não
deixar o cenário profissional de que é parte, é preciso fazer uma modificação
nesse circulo bastante rodado.
A experiência acumulada não tem preço, mas
também não terá serventia se não puder ser empregada e passada adiante no ramo
em que nos situamos profissionalmente.
Generoso: Aqui
então entra a transformação da roda em uma engrenagem, capaz de mover outras
rodas – mormente as mais vigorosas, representadas pelos profissionais menos
experientes.
Uma frase
magistral do milionário norte-americano, que dispensa apresentaçãoes, John Paul
Gatty. ilustra bem a diferença comparativa entre ser uma RODA ou uma engrenagem:
“Prefiro ganhar um por cento
dos resultados dos esforços de cem pessoas, do que ganhar cem por cento dos
resultados dos meus próprios esforços”.
Magno: Perfeitamente. Aí o efeito
da ação desenvolvida é muto mais significativo e isto conta muito quando se
fala em produção. O profissional precisa dominar por completo todos os pontos
da sua atividade e se tornar um dínamo capaz de mover outras e outras rodas com
a sua mente, com o seu conhecimento, que é algo impalpável mas que no fim é o
que mais conta. Assim, um odontólogo que realmente se dedicou ao seu ofício,
que conhece a fundo a sua profissão, será um excelente pesquisador, um hábil
professor de odontologia, suavizando sua carga de trabalho, na mesma proporção
em que vai se fazer mais útil e sentir maior gratificação em sua atividade.
Este exemplo é válido para quaisquer outras atividades. Conheci um caminhoneiro
que se tornou muito bem realizado em sua profissão quando, não mais podendo fazer as viagens
interestaduais que de costume empreendia, passou a ser gerente de uma
transportadora, tirou a empresa do vermelho e ganhou muito dinheiro nesse novo
degrau de sua ocupação. Isto é um exemplo de roda que se tornou engrenagem e
puxou da falência uma empresa graças apenas aos seus conhecimentos e a
habilidade em delegar tarefas.
Generoso – O símbolo da engrenagem, evoluída a partir de
uma roda, é a experiência que essa “roda”, esse profissional adquire ao longo
de sua carreira. Voltando ao foco do que já abordamos até aqui, que foi o lado
social e profissional, é fácil perceber que quando uma pessoa é bem sucedida no
trabalho o resultado seu aspecto social de vida é o mais diretamente
favorecido. Uma pessoa que tenha galgado altos degraus na profissão que
abraçou, ou que esteja em ascensão, normalmente se relaciona bem no seu círculo
social, de amigos e colegas de trabalho ou de clube ou pescarias. E aí, não se
pode perder de vista, os outros dois aspectos, as duas quartas partes restantes
daquele nosso primeiro círculo, que poderíamos chamar “ o queijo da vida”.
Magno:-
Que são os setores Familiar e Conjugal. Vamos primeiro ao aspecto familiar para
distingui-lo com clareza do aspecto conjugal.
Generoso:- Ainda que quase se confundam numa coisa só, - os aspectos
familiar e conjugal se diferem sensivelmente, a ponto de, em muitos casos, se
tornar em foco de atrito. O setor Familiar pode ser representado por duas
setas. Uma para cima e outra para baixo, assinalando assim duas direções que
esse ramo da vida percorre.

descendentes e
similares: filhos, genros, noras,
sobrinhos, netos, e irmãos . mais novos.
Enfim, todos aqueles que fazem parte
de nosso convívio, aos quais influ-
enciamos, ou somos por eles
influenciados, a partir de experiências que


Sogros, irmãos mais
velhos, tios etc.
É fácil notar a diferença de linguagem quando se fala com um
filho daquela de quando se fala com nossos pais. Há uma determinação do tempo
que é inevitável.
Os pais, até certo ponto, mais do que biologicamente, nos
fizeram, ou melhor, nos moldaram a um tipo de comportamento e atitudes, onde
somos um elemento passivo, receptivo e, por haver um fosso entre a nossa
geração e a de nossos pais, é sempre uma relação que não fala a mesma língua,
porque não é do mesmo tempo.
Talvez, se não fossem as diferenças individuais,
com quem melhor poderíamos nos identificar nos diálogos seria com nossos
irmãos, cunhados, irmãs ou tios de nossa quase mesma idade. Nesse mesmo
contexto, há a flecha voltada para cima, em sentido oposto, que representam os
nossos ascendentes: avós, tios e tias mais velhos; pais, sogros etc.
Todas essas relações com que, em situações normais o indivíduo
defronta, inseridas no meio familiar igualmente, para
mais ou para menos,
influenciam na sua postura
profissional, social e conjugal. Do mesmo modo as demais
partes do nosso queijo da vida (
o círculo cortado em 4 partes) fatalmente influencia umas às outras.
Significa dizer que esse aspecto da existência precisa ser
trabalhado com constância e acurado interesse. Dele também derivam emoções e
comportamentos que se integram na vida como um todo.
Quem não é um bom
filho(a), normalmente não é um bom esposo(a) diz a experiência de cada dia. A
família é importante porque sempre representa a primeira rede de proteção para
o individuo para a espécie.
Nascemos sociáveis a partir de um pequeno núcleo
chamado família, onde exercitamos da forma mais espontânea possível aquilo que
somos de verdade e em essência.
Se hoje se repete o drama de filhos se
esquecerem ou ignorarem os pais, é porque esses mesmos pais, evocando talvez os
mais nobres motivos, também foram omissos para com os próprios
ascendentes. A vida tem suas leis a
partir da consciência de cada um.
Há aqueles que a vida toda se afundaram no
trabalho, como um ópio aparentemente virtuoso, que na realidade era uma fuga da
família. Esses laços rompidos farão falta, como sempre faz falta o elo de uma
corrente ou o dente de uma engrenagem.
Alfarrábios do Generoso: FELICIDADE ESTÁ AQUI E AGORA
Alfarrábios do Generoso: FELICIDADE ESTÁ AQUI E AGORA: Geraldo Peres Generoso - A maioria de nós, seres humanos, vivemos a emitir promissórias da própria vida. Freqüentemente, sacamos sob...
FELICIDADE ESTÁ AQUI E AGORA
Geraldo Peres Generoso -
A maioria de nós,
seres humanos, vivemos a emitir promissórias da própria vida. Freqüentemente,
sacamos sobre o futuro, ou revolvemos as moedas do passado, com validade vencida. Tanto uma atitude quanto a
outra faz abortar o presente.
Seria de bom alvitre cada qual fazer um balanço de sua
própria vida. Este dia que ora transcorre já morou nos sonhos. Foi embalado em
nosso ontem pelo ideal projetado para o dia atual. Mas este dia que ora flui
montado sobre os ponteiros do relógio, infelizmente não veio da forma
imaginada.
Tanto isto é verdadeiro
que, assim como milhares de outras pessoas, enxergamos mas nem vimos a
beleza do sol nascente com o canto dos primeiros pássaros da manhã.
Ou nem
percebemos se a chuva acariciou a relva ao abrirmos as janelas de nossa casa.
isto porque, tempos atrás, seguindo um hábito em linha
reta, já tentamos viver este dia, em um outro dia qualquer.
Assim, foi
sobreposto este futuro, que será passado, sobre o ontem que deixamos de viver
pensando no dia de hoje.
Auto-observação
Somente mediante uma acurada observação de nosso próprio modo de ser e de
viver é possível mudar este hábito de deixar os bons momentos para o dia
seguinte. Temos de mudar o costume de lançar nossa tenda no futuro.
No ato de
programarmos o porvir empregamos mal o presente. E não só isso, maltratamos o
dia que passa como se ele não tivesse a mínima importância.
Esta atitude, no entanto, é
compreensível, se analisada sob um
aspecto fundamental: o senso natural de imortalidade. Como disse Jesus Cristo,
ratificando as palavras de Davi "vós sois deuses". Daí que a
consciência nos permite viver sem uma definida junção ao tempo. Sabemos, bem lá
no fundo de nossas almas, que o calendário não nos sujeita ao seu império.
Mas enquanto seres
humanos
Por outro
lado, nossa vida humana individual, nos faz partícipes de um cenário
limitado. Assim como, quando em criança, brincávamos de pega-pega ,
amarelinha, peões e pipa, a vida humana, sob sua feição terrena, tem uma escala
de momentos a ser vivida.
Pouquíssimas pessoas sabem desempenhar o seu papel
nesse jogo, ou brincar nesse brinquedo. O bem viver o dia presente é
administrar bem os pensamentos, pensamentos e emoções de cada
minuto.
É dar `agora o abraço mais forte. Dizer a
melhor palavra. Fazer a mais expressiva demonstração de apreço e a oferenda de
nossa mais elevada gratidão. Falar com todas as palavras do nosso afeto aos que
nos circundam.
É colocar na ação deste momento o empenho mais entusiasta, a
fé mais veemente, a atenção mais acurada, o nosso próprio ser, como um todo,
neste dia que não voltará mais.
Sem medo de ser feliz !
Pelo fato de cada ser humano dispor de uma inata
predisposição à felicidade, sob os aspectos
instintivo, mental e espiritual, fica evidente que fomos
talhados para realizar o melhor
de nós mesmos na face da Terra.
Esta
sublime tendência, às vezes nos conduz à
busca de estar feliz em vez da busca de ser feliz. Nessa busca incorreta, acabamos, temporariamente, por nos perder a nós mesmos.
Sem nós, não há a mínima
chance de qualquer felicidade.
Quando nos direcionamos na busca dos valores espirituais, aí sim, somos e vivemos verdadeiramente felizes,
ainda que atravessando períodos de turbulência.
É para esta procura que fomos
talhados por Deus ,a fim de levar avante o Seu projeto de eternidade, feito com
os tijolinhos de cada dia de nossa existência.
Alfarrábios do Generoso: MAGNO ALVES (Biografia em diálogos) 5) a 56
Alfarrábios do Generoso: MAGNO ALVES (Biografia em diálogos) 5) a 56: Generoso: Então aqui já entramos na condição que escolhemos destacar que é O PODER DA AÇÃO POSITIVA. Magno: Ação positiva p...
MAGNO ALVES (Biografia em diálogos) 5) a 56
Generoso: Então aqui já entramos na condição que escolhemos destacar
que é O PODER DA AÇÃO POSITIVA.
Magno: Ação positiva pra valer! Mas não queira, por favor, mudar de
repente, de lobo para cordeiro ou de serpente para pombo. Tudo na natureza
obedece a um ritmo. Nós, humanos, temos a felicidade de poder superar os
próprios limites, desde que não queiramos atropelar a nossa própria
constituição.
Generoso: - Isto é importante. A nossa vida para ser boa, não
precisa ser outra. Há que continuar sendo ela mesma, mas turbinada com momentos
mais bem vividos, com realizações concretas ao correr do tempo. O mal das
pessoas é esse: querer mudar tudo de repente.
Magno:- Não só lhe servirá de consolo, mas de lição extraída de
história de vidas conhecidas, ilustres ou anônimas, saber que
mudança efetiva de caráter não ocorre de uma hora para outra.
Uma das grandes personalidades do mundo bíblico foi Paulo de Tarso,
mais tarde denominado Apóstolo Paulo. Reportamo-nos a ele por ser uma das
pessoas mais conhecidas e onde o motivo de mudança foi o mais radical possível.
Como sabemos, ele foi um perseguidor cruel dos cristãos, encerrando-os
em prisões e submetendo-os a flagelo e morte, sem qualquer condescendência ou
piedade. Literalmente, caiu do cavalo. Pela estrada de Damasco, o Cristo
ressuscitado, em pessoa, o repreendeu e abriu com sua luz aquela consciência
povoada de cólera, com gana de morte.
Mas foram precisos mais três anos de preparo- segundo a própria Bíblia
relata - para que Paulo mudasse aquela
casca dura e empedernida de fanatismo e ódio pelos cristãos. Somente então,
após três anos de preparo,
transformou-se no novo homem e um dos mais destacados, senão o maior
propagador do cristianismo na face da Terra.
Tenhamos bem certo, pois, que
Saulo de Tarso, mesmo tendo
sentido todo o poder de Jesus Cristo em pessoa, não pôde mudar-se por
completo de um momento para outro. Por
isso, nós, simples mortais, a maioria dos quais não palmilhará como Saulo a
estrada de Damasco (ainda menos agora, com tantos conflitos armados naquelas
bandas), seguramente não podemos, nem há quem o exija, que mudemos por completo
de uma hora para outra.
Generoso: - Aliás, queiramos ou não,
a criatura humana está sempre mudando. Não só fisicamente, mas mental
e espiritualmente também. Há ao correr
da vida a aquisição inevitável de experiências que inevitavelmente modificam as
pessoas. Algumas pessoas se mudam mais,
outras, menos, mas todos nós, infalivelmente nos mudamos.
Desmascarando os fantasmas
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MAGNO ALVES - EM O PULO DO GATO |
Magno: Ninguém pode se permitir experimentar com freqüência o estado de
cólera. Na medida em que vão-se afrouxando os laços da consciência, o indivíduo
passa a incorporar em sua vida o hábito de autoflagelar-se por mil razões. A
rigor, motivos não faltam para qualquer um de nós ficar contrariado. Mas há
dois fatores a considerar.
O primeiro é que reagir
violentamente é uma maneira errada de se tentar resolver o problema. Em vez
disso, o que vai ocorrer é que o problema ficará maior. Poderá chegar a um
dimensão em que fugirá por completo de todo e qualquer controle.
A segunda razão é que quando a
pessoa toma o caminho da intolerância – e na natureza tudo é progressivo – ela
vai acabar sendo uma pessoa essencialmente intolerante. Com isso passará a ser evitada pelos amigos e pela
própria família. É fácil ajuizar como a situação irá se complicando e
multiplicando brigas, bate-bocas e até agressões físicas.
Por isso é preciso um constante ajuste de contas consigo mesmo. Se você
observar um violeiro, para usar um
exemplo feliz e muito simples, verá que ele passa, na verdade, mais tempo
afinando a viola do que propriamente tocando seus deliciosos ponteios. Assim
também cada um de nós precisa afinar o instrumento (corpo, mente e espírito)
com regularidade para poder entoar com harmonia a canção da vida.
Recursos terapêuticos sempre existem
Generoso: Alguém poderá dizer, em réplica, que os tempos de hoje são
difíceis, avalizando o refrão dos pessimistas que o gravaram a ferro na testa.
No entanto, qualquer um que se der ao mínimo de trabalho de ler umas poucas
páginas da História – de nosso país ou da própria humanidade- não encontrará
nenhum momento estático e paradisíaco. Pode ser, e é verdade, que este tempo
tem seus inconvenientes acentuados por uma série de fatores. Mas se os fatores fossem
outros, não haveriam esses efeitos, mas outros efeitos (desagradáveis)
inevitavelmente existiriam. A evolução é um processo dolorido.
Magno: - Mas sob o aspecto
de recursos terapêuticos, para curas do
corpo e da mente, nunca a humanidade
teve tanto recurso como hoje. A prova disso é que a expectativa de vida da
humanidade aumentou muito.
Conte com a competência dos profissionais de saúde
Se você está a ponto de estourar, more você onde morar, pode contar com
um médico que, bem ou mal, irá lhe atender e norteá-lo - quem sabe?- para um psicólogo que o oriente
de como administrar sua sensibilidade. Na verdade, isto é muito salutar, e
esses profissionais estudaram muito, sabem o caminho para resolver o seu
problema ou, se mais sério, encaminhá-lo a
outras instâncias de cura.
Se for questão de tomar um medicamento, eles – médico, psicólogo,
fisioterapeuta etc., cada qual em sua respectiva especialidade – sabe o que
receitar-lhe. Se você não tem dinheiro para comprar o remédio, o Centro de Saúde
ou outro órgão qualquer do governo, mantém
um departamento farmacológico para lhe fornecer gratuitamente o
medicamento que você precisa. Se negarem, brigue pelos seus direitos.
Informe-se onde reclamar. Se isto não adiantar, procure a imprensa e apresente os fatos, seja
específico. Não se acanhe em fazer valer o que lhe é de direito. Por aí você
percebe que há toda uma rede de proteção para você usar quando necessário. Você
tem onde se apoiar, mesmo quando tudo pareça conspirar para lhe fazer crer que
está sozinho e desprovido de recursos.
Todos estas formas de ajuda são providências que Deus inspirou os
cientistas e governantes para manter a
sociedade em funcionamento. É um apoio delegado, transferido para a hierarquia
humana e que está estabelecido para
fazer o melhor pela sua e pela minha vida.
Generoso: Muito bem, Magno. Você não deixa escapar nada. Sempre
adota um sistema de mergulhar na questão a ponto de não deixar nenhuma brecha
para que a ausência de sorte possa
apresentar qualquer argumento contrário.
Magno: Nada resolve uma atitude complicadora, ou permanecer à espera da
chuva de maná sobre o deserto. Em 99,9 por cento das vezes, que alcançamos
soluções para nossos problemas, essas soluções se tornam posteriormente
explicáveis e se lastreiam em condições naturais. As soluções mais simples e
mais visíveis são as que melhor funcionam.
Generoso: - É a velha prática do “caminho das pedras”.
Não precisamos fazer de nossa vida uma romaria em busca de milagres ou constante peregrinação da mente
por territórios ocultos. A vida prefere as coisas simples, e as atitudes
práticas são as vias mais usadas para se chegar aonde se quer.
Seja direto no seguir o caminho
de uma vida saudável, equilibrada e exitosa. Use suas pernas para caminhar e nunca
para espernear, pois somente andando é que se pode chegar ao destino traçado.
Generoso: - Agora você
acrescentou mais clareza à questão da AÇÃO POSITIVA. Mas ao final desta seção
há um resumo bem detalhado sobre esse item. Faltou dizer, aí na história do seu
pai, que mesmo após os tabefes e pescoções no rádio, ele continuasse mudo, então seria a hora de
leva-lo ao técnico.
Magno: - Perfeitamente. Por ir ao técnico
entendemos que, em casos mais sérios, não se pode evitar a ida ao médico ou
psicólogo, assim como se os tapinhas no rádio não resolverem é preciso procurar
um técnico em eletrônica. Também pode procurar o seu líder espiritual, o
pastor, o padre ou equivalentes. Se
alguém está se sentindo abatido,
cansado, sem forças e indisposto – em muitos casos o mal pode também ser
apenas o físico, de funcionamento do corpo. E o corpo não sempre influi na mente. O que não pode é
ficar parado, esperando as coisas acontecerem. A proceder assim, pode ser até
que aconteça o pior. Temos que ser realistas.
Generoso:- A depressão hoje
está em voga em todas as classes. Até se diz entre os estudiosos que grande
parte de deprimidos estão na classe dos altos executivos. Seria bom que
abordássemos esta questão, para deixar bem claro que não confundimos dinheiro e
prestígio, com sucesso e felicidade.
Magno: - É bom tocar nesse assunto.
Se uma pessoa achar que o sucesso dela só depende de dinheiro ou do que o
dinheiro pode comprar, sabe o que vai acontecer? Será o mesmo que subir num pau
de sebo – aquela prova folclórica que há em alguns lugares – e depois de tanta
canseira e esforço, no meio de todo aquele aplauso da torcida, descobrir que a
nota de 100 reais que estava no topo desse pau de sebo é uma nota falsa. A ação
positiva é sempre abrangente. É preciso ter um foco, mas não uma fixação
doentia em apenas se tornar uma máquina de ganhar dinheiro.
Generoso: Segundo pesquisas da área médica e psiquiátrica, os executivos estão mais susceptiveis a depressão? Seria excesso de foco?
Magno: Não se pode confundir foco com idéia fixa.
Uma luz sempre tem um foco mas não alumia uma única coisa. A competitividade,
até certo ponto é saudável, ajuda a manter o dinamismo da vida. Mas passado de
certo limite, em que o sujeito se torna como um burro amestrado, só para
trabalhar e nada mais, aí ele se desenfoca a própria vida.
Generoso: O que leva um homem bem sucedido, a ter
depressão? Quais as conseqüências para sua familia?
Magno: À
maioria desses executivos, bem que se aplica o exemplo do escalador de pau de
sebo que, desapontado, recebe como prêmio de todo esforço uma nota falsa que
não pode comprar o que ele precisa. O que se experimenta é somente vazio emocional, decepção. Na
verdade, o sucesso tem algumas armadilhas psicológicas próprias para quase
todos os Diretores Executivos (D.E) que se robotizam em trabalhar e fazem do
trabalho – pasmem – uma espécie de droga ou anestésico.
Generoso : Segundo foi apurado, as próprias
virtudes que os levam a se tornar “os
grandes mandachuvas”, advém de um lugar
muito escuro na psique. De verdadeiros
pontos cegos da alma.
Magno: Claro que existem muitas exceções. Embora este parecer deva
ficar reservado aos técnicos da alma, que são os analistas, estudos revelam
que existe dois
tipos gerais de executivos: aqueles que
alcançaram o sucesso por sua praticidade
e agressividade, e uma outra classe que
só têm sucesso exatamente porque temem
o não terem sucesso. Alguns nunca tiram
férias ou trabalham o tempo todo durante elas, carregando celulares, pastas, liptops, notebooks, etc. Isto acarreta complexo de culpa e um estado constante de estresse..
Generoso : Causa muito freqüente de desajustes, comum
entre alguns grandes executivos o fato
de que geralmente procuram suprir sua
condição de filho, pai e marido ausente, sem nenhuma coesão com a
família, , compensando-a com dinheiro e toda sorte de bens materiais.
Magno: Quando no topo, em condições de depressão
aparentemente incurável, tais executivos podem debandar para
relacionamentos desastrosos fora do casamento. Outros, podem se valer da
bebida em excesso como uma falsa válvula de compensação. Chegados a este ponto,
são diagnosticados por certos
profissionais de saúde como sinal
do topo do stress e não do sucesso....
Generoso: - O tema desta publicação será o de manter o
foco. E o foco escolhido foi a AÇÃO POSITIVA. Seria conveniente aprofundar mais
a questão e fazer, ao final, uma retrospectiva dessa prática, justificando sua
recomendação.
Magno: - O primeiro ponto que destaco é o de que é preciso
se mexer. É manter o primeiro impulso, sair da inércia. Já se diz que carro
parado não ganha frete e cobra que não anda não engole sapo. Embora os mineiros
digam que “cobra na rodilha não leva porretada”. São ditos populares, mas
cheios de sabedoria. É preciso destacar
que pensar positivamente é bom, mas agir, a partir do pensamento positivo, é o
ideal. Quem quiser pode comprovar em sua própria vida a partir de agora, se
nunca aplicou esse truque de espantar a preguiça, a inação.
Alfarrábios do Generoso: EQUIPAMENTO TERAPÊUTICO
Alfarrábios do Generoso: EQUIPAMENTO TERAPÊUTICO: O MAIS ANTIGO EQUIPAMENTO TERAPÊUTICO Não só o mais antigo, tanto quanto sempre atual e indispensável. E ao longo do tempo sofreu mín...
EQUIPAMENTO TERAPÊUTICO
O MAIS ANTIGO EQUIPAMENTO TERAPÊUTICO
Não só o mais antigo, tanto quanto sempre atual e
indispensável. E ao longo do tempo sofreu mínimas modificações ou adaptações,
desafiando os ímpetos da tecnologia alucinante deste século.
Trata-se de um
acessório doméstico que acompanha a raça humana de longa data. Por seu
histórico, bem que merece um monumento gigantesco, talhado em ouro maciço.
Refiro-me à cama, ao leito – ou sensualizando um pouco mais o termo, a alcova.
O seu uso se traduz no primeiro expediente para qualquer doença ou
indisposição.
Os centros de saúde bem que deveriam oferecer camas e mais camas a serviço dos doentes que
esperam nas filas de atendimento.
Ademais, quantas e quantas pessoas se
restabelecem ao simples ato de deitar-se sobre um colchão sobre a mesma?
Doutores e pós-doutores esfalfam-se em seus laboratórios no intuito de fazer
milagres científicos a cada momento, destarte engrossando a lista dos
medicamentos – genéricos e específicos – e eis lá a cama.
No quarto da casa,
nos acampamentos de peões, nos presídios e hospitais, como recurso
insubstituível a cada um dos usuários.
Antes, quando parteiras assistiam a
domicílio, poder-se-ia dizer que a maioria dos seres humanos nasciam e morriam
na cama.
A alcova dos nubentes se firma
a sua finalidade maior, na tentativa de perpetuidade da espécie.
Ah! Que pena
não haver no calendário o DIA DA CAMA!
Congressistas, não percam tempo e
oportunidade ! Exaltem o que é de mérito para homologar de público o valor
dessa peça de samaritana dedicação aos seres humanos de todos os quadrantes.
Os
motéis já fizeram sua parte, guarnecendo seus aposentos com as famosas camas
redondas, sem arestas, de feição mais feminil em seu design.
Hospitais – no
pouco que evoluíram nessa matéria – guarnecem os leitos reguláveis, com
colchões d água para maior eficácia na cura e manutenção do paciente em
decúbito dorsal.
Todavia, algo tão perfeito, como todas as coisas simples, não
evolui de forma esnobada ou modista.
É um móvel democrático onde todos se
igualam na horizontal.
Como me recordo, e
com saudades, do meu ruidoso colchão de palha, lá na Fazenda Santa Rosa.
Palhas que vestiram espigas – complemento alimentar da tropa de meu avô, do
nosso bode de estimação, do galo cantor das madrugadas, das galinhas em
cacarejo anunciando postura de ovos, ou ralhando com o redor em defesa dos
pintainhos!
Sim, vamos valorizá-la sem a parcialidade própria dos que a vêem
como cúmplice de preguiçosos e valia
ociosa de vagabundos.
Sem
o sono, em verdade, a vida seria dupla. Mas, se por um lado essa duplicidade
nos garantisse mais tempo de existência ativa, onde a cama inexistisse, por
certo nossas dores seriam também duplicadas por sobre este Vale de Lágrimas.
Que
a cama seja respeitada em seu ofício múltiplo, no descanso ao sadio e no repouso
ao doente, ou palco dos amantes.
Continue ela na ajuda à recuperação dos
bilhões de humanos da face da Terra, tão carentes de tantas coisas. Que não
falte em cada lar o leito sagrado, território indevassável do sono e dos
sonhos, na saúde e na doença.
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